Papa busca compreensão de bispos sobre regras contra os abusos na Igreja

  • Por Jovem Pan
  • 16/01/2019 13h10
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EFE Na inédita reunião, além dos representantes das 130 Conferências Episcopais, também participarão vítimas dos abusos por parte do clero

O papa Francisco quer que, após o inédito encontro de fevereiro sobre a proteção de menores, os bispos retornem com “absoluta clareza sobre o que é necessário fazer para prevenir e combater o drama mundial de abusos”.

O porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, convocou nesta quarta-feira os veículos de imprensa para oferecer uma declaração com alguns detalhes sobre os “objetivos” da reunião à qual foram convocados os presidentes das conferências episcopais de todo o mundo de 21 a 24 de fevereiro.

Para o papa, “é fundamental que retornando aos seus países, nas suas dioceses, os bispos reunidos em Roma sejam conscientes das regras para aplicar e cumpram assim com os passos necessários para prevenir os abusos, para proteger as vítimas, para não permitir que nenhum caso seja encoberto”, afirmou Gisotti.

Gisotti especificou que “o papa Francisco sabe que um problema global pode ser enfrentado somente com uma resposta global. E quer que o encontro seja uma reunião de pastores, não uma convenção de estudo. Um encontro de oração e discernimento, catequético e operacional”.

Ao se referir ao que considerou “grandes expectativas que foram criadas em torno do encontro”, Gisotti quis especificar que “a Igreja Católica não está no ponto de partida na luta contra os abusos”, pois “o encontro é a etapa de um caminho doloroso, mas sem pausa que, com decisão, a Igreja está percorrendo há mais de 15 anos”.

Por outro lado, o Vaticano comunicou que o ex-porta-voz do escritório de imprensa Federico Lombardi será o moderador das sessões plenárias.

Na inédita reunião, já que na história da Igreja nunca tinha ocorrido este tipo de convocação, além dos representantes das 130 Conferências Episcopais, também participarão vítimas dos abusos por parte do clero.

Além disso, estarão presentes chefes das Igrejas Católicas orientais, os responsáveis dos diferentes dicastérios e representantes das Uniões de Superiores Gerais tanto feminina como masculina e membros da Comissão da Proteção de Menores, entre outros.

Todos eles participarão de sessões plenárias, grupos de trabalho e de oração comum e escuta de testemunhos.

O pontífice argentino participará de todas as sessões deste encontro.

No dia 23 será realizada uma liturgia penintencial e no domingo uma missa de encerramento da reunião.

Francisco se reuniu hoje para conhecer como está se desenvolvendo a preparação ao comitê organizador, composto pelos arcebispos de Chicago (EUA), Blase J. Cupich; e de Mumbai (Índia), cardeal Oswald Gracias – duas figuras que se caracterizaram pela sua batalha contra os abusos -; o recentemente nomeado secretário adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé, o maltês Charles Scicluna, e o presidente do centro de Proteção de Menores da Universidade Pontifícia Gregoriana e membro da Comissão para a Tutela de menores, Hans Zollner.

No mês passado, o comitê organizador do encontro pediu aos presidentes das conferências episcopais que preparassem esta reunião pensando nas vítimas de seus respectivos países.

*Com Agência EFE

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