Parlamento britânico tende a rejeitar manobra de May para aprovar Brexit

Alguns parlamentares intensificaram os esforços para afastar a primeira-ministra britânica, Theresa May

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2019 10h21 - Atualizado em 22/05/2019 10h22
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Agência EFE A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May

A última manobra da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para concretizar a separação britânica da União Europeia (UE) tende a ser rejeitada nesta quarta-feira (22) pelo parlamento britânico. Ontem, ela propôs um novo plebiscito do Brexit se os parlamentares aprovassem sua proposta de saída do bloco.

Nesta terça, ela fez um apelo ao Parlamento. “Hoje, mostrei que estou disposta a fazer concessões para entregar o Brexit ao povo britânico”, escreveu May. “O WA é nossa última chance de fazê-lo.”

Tanto parlamentares governistas, do Partido Conservador, quanto do opositor Partido Trabalhista criticaram o Projeto de Lei do Acordo de Retirada, ou WAB — a legislação que implanta os termos do rompimento britânico. Alguns parlamentares intensificaram os esforços para afastar May.

“A segunda leitura proposta do WAB está claramente destinada ao fracasso, então não faz sentido perder mais tempo com a esperança fútil de salvação da primeira-ministra. Ela tem que partir”, disse Andrew Bridgen, um parlamentar conservador, à agência Reuters.

Ele é um dos muitos conservadores que rejeitam o pacto, algo que levou outros postulantes ao cargo de May a também fazê-lo. Boris Johnson, o favorito das casas de apostas para ser o próximo premiê britânico, disse que não votará a favor da proposta.

Mais parlamentares conservadores entregaram cartas ao Comitê 1922, grupo que decide os líderes partidários, para exigir uma moção de desconfiança contra May, cuja estratégia de separação da UE foi esfacelada.

Vários parlamentares, incluindo o negociador trabalhista do Brexit, Keir Starmer, disseram não fazer muito sentido votar o projeto de lei, que a maioria concordou não ter chance de passar em um Parlamento tão dividido.

O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, disse que sua sigla não pode votar a favor do projeto de lei de retirada, descrevendo a nova proposta da premiê como “essencialmente a posição do governo requentada”, em conversas com os governistas que fracassaram na semana passada.

Com o impasse em Londres, continua sendo incerto quando, como ou mesmo se o país sairá algum dia do clube ao qual se filiou em 1973. O novo prazo de saída é 31 de outubro.

*Com informações da Agência Brasil

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