Primeiro-ministro da Armênia diz que não renunciará, apesar dos protestos

Nikol Pashinyan reconheceu que deve enfrentar o julgamento da população por ter assinado o tratado de paz com o Azerbaijão, mas disse que não irá se retirar do cargo conforme pedem os manifestantes

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2020 11h41
EFE/EPA/ARMENIA GOVERNMENT PRESS OFFICE O primeiro-ministro da Armênia afirmou que a sua prioridade é garantir a estabilidade do país

Nesta segunda-feira, 16, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, descartou a possibilidade de renunciar ao cargo, apesar dos protestos que tomaram as ruas da capital Yerevan pedindo a sua saída. As manifestações começaram depois que o governante assinou um tratado de paz com o Azerbaijão que deu fim ao conflito na região de Nagorno Karabakh. “Entendo que devo enfrentar o julgamento do meu povo. Mas, neste caso, a população deve conhecer todas as circunstâncias, dialogar com os militares, com a oposição, com o governo”, reconheceu Pashinyan durante coletiva de imprensa virtual. “Há apenas um tema na minha agenda: garantir a estabilidade em meu país. Não há nenhum outro assunto”, reiterou.

De acordo com o primeiro-ministro, que está sendo chamado de “traidor” pela população, as negociações sobre Nagorno Karabakh já tinham atingido um ponto “sem retorno” quando a comunidade internacional chegou ao consenso de que a Armênia deveria entregar os territórios ocupados do Azerbaijão sem impor condições. Ele alegou que, apesar de não concordar, não pôde fazer nada a respeito. No entanto, Pashinyan defendeu que as Forças Armadas armênias na região devem continuar existindo e se fortalecendo. Atualmente, um exército da Rússia está garantindo o cessar-fogo na região.

*Com informações da EFE

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