Procurador pede que primeiro-ministro seja investigado por assassinato de presidente do Haiti
Justificativa dada pela acusação é de que Ariel Henry, que tomou posse após a morte de Moise, contatou suspeitos de terem ordenado morte por telefone
Um procurador do Haiti solicitou nesta terça-feira, 14, ao Tribunal de Primeira Instância de Porto Príncipe que o primeiro-ministro do país, Ariel Henry, seja investigado pelo assassinato do presidente Jovenel Moise. Ele foi indicado pelo próprio Moise ao cargo, mas assumiu o poder apenas após o assassinato dele dentro do palácio presidencial no dia 7 de julho. Em carta ao juiz de instrução do caso, o procurador Bel-Ford Claude mencionou que o premiê falou duas vezes com um dos suspeitos de ter ordenado o assassinato, o ex-funcionário do governo Joseph Felix Badio. Além de pedir a investigação contra Ariel, Bel-Ford enviou uma carta à direção de Imigração e Emigração do país pedindo que ele seja proibido de deixar a nação e indicando uma “grave suspeita de assassinato” por parte do ministro.
Os pedidos por parte do procurador foram feitos pouco após o primeiro-ministro desqualificar em público um convite feito para ser interrogado sobre as chamadas telefônicas. Na ocasião, Ariel foi a público informar que “nenhuma agressão distrairá da missão” dele de coordenar o país. Até o momento, segundo informações do próprio Haiti, pelo menos 44 pessoas foram presas pelo assassinato de Moise. Entre elas, há 18 colombianos e 12 agentes policiais que não reagiram ao ataque. Ariel Henry foi indicado ao cargo dois dias antes da morte de Moise e tomou posse no dia 20 de julho de 2021.
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