Sobe para 157 número de mortos em enchentes na Europa

Na Alemanha, a tragédia já é considerada o pior desastre natural em mais de meio século; ‘Choramos juntos – e reconstruiremos juntos’, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, depois de visitar algumas das áreas mais afetadas da Bélgica

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2021 14h24 - Atualizado em 17/07/2021 14h33
EFE/EPA/SASCHA STEINBACH Mais de 150 pessoas morrem em inundações na Alemanha e na Bélgica Moradores enchem sacos de areia contra ameaça de inundação em Erftstadt Dirmerzheim, na Alemanha

Equipes de resgate na Alemanha e na Bélgica continuam em busca de sobreviventes após as fortes chuvas que começaram na última quinta-feira, 15, e provocaram inundações, transbordamento de rios e deslizamento de encostas. Pelo menos 157 pessoas morreram – 133 no oeste da Alemanha e 24 na Bélgica – e mais de 1,3 mil continuam desaparecidas. Segundo o governo alemão, a tragédia já é considerada o pior desastre natural do país em mais de meio século. Na noite de ontem, cerca de 700 moradores tiveram de deixar suas casas após o rompimento de uma barragem na cidade de Wassenberg, perto de Colônia. A barragem Steinbachtal, no entanto, continua sob risco de rompimento, e cerca de 4,5 mil pessoas foram evacuadas.

Depois de visitar algumas das áreas mais afetadas da Bélgica, na tarde deste sábado, 17, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lamentou a tragédia em uma rede social. “Hoje estive na Rochefort e na Pepinster Bandeira da Bélgica. Conheci pessoas que perderam suas casas por causa da tempestade. Eu disse a elas: a Bandeira da União Europeia está ao seu lado. Choramos juntos – e reconstruiremos juntos”. Durante sua viagem aos Estados Unidos, a chanceler alemã, Angela Merkel, também lamentou o ocorrido e disse que foi “um dia caracterizado pelo medo, pelo desespero e pelo sofrimento”. “Eu estendo minha empatia e meu coração está com as pessoas que perderam seus entes queridos. Incluo Bélgica, Luxemburgo e Holanda”, acrescentou Merkel. O governo alemão mobilizou 850 soldados para ajudar nas operações de resgate, além de 11 helicópteros, algumas unidades de veículos blindados, barcos e ambulâncias.

Segundo a maior produtora de energia da Alemanha, RWE, a mina a céu aberto em Inden e a usina termelétrica a carvão de Weisweiler foram gravemente afetadas. A concessionária espera que os danos fiquem em torno de dois dígitos, na faixa de milhões de euros. Nas províncias do sul da Bélgica, Luxemburgo e Namur, as autoridades se apressaram em fornecer água potável para as famílias sem abastecimento. Os níveis da água caíram lentamente nas partes mais atingidas do país, embora o centro da crise disse que a situação pode piorar ao longo do rio Demer, perto de Bruxelas, com cerca de 10 casas sob ameaça de destruição.

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