Suíços aprovam incorporação da bicicleta à Constituição em referendo

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2018 10h35
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Pixabay Suíça aprovou medida na Constituição sobre bicicletas

Os eleitores suíços votaram neste domingo (23)  a favor da incorporação da bicicleta à Constituição, com o objetivo de garantir que a prática do ciclismo tenha obrigatoriamente todas as infraestruturas adequadas.

Esta modificação constitucional para promover as ciclovias, caminhos e trilhas para caminhadas foi aprovada com 72% dos votos em um referendo sobre uma iniciativa que era respaldada por praticamente todos os partidos políticos e associações ativas na defesa do meio ambiente.

Segundo os patrocinadores da medida, a melhoria das ciclovias contribuirá para a segurança dos ciclistas e para aliviar o trânsito, além de ter efeitos positivos sobre a saúde, o meio ambiente e o turismo.

Em função desta decisão, o Governo suíço poderá desenvolver padrões nacionais e fornecer dados para mapas e aplicativos.

No entanto, o planejamento, construção e manutenção das ciclovias continuará responsabilidade das autoridades locais.

Por outro lado, os suíços rejeitaram de maneira clara iniciativas relacionadas à agricultura e à alimentação.

A primeira, que buscava favorecer o comércio de alimentos produzidos localmente e de temporada, assim como criar condições de trabalho justas e reduzir o desperdício de alimentos, foi rejeitada por 63% de eleitores.

Uma segunda iniciativa intitulada “Pela soberania alimentícia” recebeu 70% de votos contra.

O propósito desta era obrigar o governo a adotar uma política agrícola favorável a uma produção sustentável, ecológica e social, o que exigiria uma intervenção estatal para restringir a importação de alimentos através de tarifas, cotas ou proibindo a entrada de certos produtos, incluindo os geneticamente modificados.

Os opositores a tais políticas fizeram valer que a ideia – prevista no texto – de estabelecer preços justos e uma produção regulada pelo Estado iria contra a economia de mercado, e que o custo terminaria sendo pago pelos consumidores e pelos contribuintes, já que o Estado teria que aprovar novas subvenções para o setor agrícola.

*Com informações da Agência EFE.

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