Trump diz que revelará “muito em breve” plano sobre acordo nuclear com o Irã

  • Por EFE
  • 18/09/2017 16h49
EFE/Justin Lane Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem atuado para costurar o acordo de paz entre Israel e Palestina

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que revelará “muito em breve” seus planos sobre o acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irã e o Grupo 5+1 – EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e mais Alemanha – antes de se reunir para conversar sobre o assunto com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

No início da reunião com Netanyahu em um hotel de Nova York, Trump foi questionado pelos jornalistas se abandonaria o acordo nuclear com o Irã e respondeu que revelará isso “muito em breve”.

O primeiro-ministro de Israel, por sua vez, disse que prevê falar com Trump sobre esse “terrível acordo” e sobre como reduzir a “crescente agressão” do Irã na região, especialmente na Síria.

Segundo a imprensa israelense, Netanyahu quer aproveitar o encontro com Trump para pedir o presidente americano para promover mudanças no acordo, que possibilitou o fim de boa parte das sanções impostas ao Irã pela comunidade internacional.

Por outro lado, o presidente do Irã, Hassan Rohani, desaconselhou Trump a deixar o acordo nuclear e alertou que retirar o país do pacto teria um “custo muito alto” para os EUA. As declarações foram feitas em uma entrevista à emissora “CNN”.

O acordo nuclear, assinado em julho de 2015, pôs fim a 12 anos de conflito em torno do polêmico programa atômico do Irã, mas Trump denunciou em várias oportunidades que o pacto é ruim.

Trump e Netanyahu também devem conversar hoje sobre os esforços dos EUA para relançar as negociações de paz entre Israel e Palestina. Sobre o tema, o presidente americano reafirmou seu otimismo de que a paz pode acontecer.

“Israel gostaria de ver (um acordo de paz). Os palestinos também. Posso dizer que o governo Trump gostaria de vê-lo. Estamos trabalhando muito duro. Veremos o que ocorre”, disse o presidente.

Netanyahu, por sua vez, pediu que a oportunidade de chegar à paz seja aproveitada, não só entre Israel e a Palestina, mas entre o país e o “mundo árabe”.

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