Obama e Merkel pedem diálogo direto Rússia-Ucrânia e observadores na Crimeia

  • Por Agencia EFE
  • 08/03/2014 04h24

Washington, 7 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, coincidiram nesta sexta-feira que a saída para a crise na Crimeia passa pelo diálogo direto entre Rússia e Ucrânia, assim como pelo envio de observadores internacionais para a península, informou a Casa Branca.

Essas foram as conclusões da última conversa telefônica entre os dois líderes, a terceira em menos de uma semana, para tentar buscar uma saída para a crise na Crimeia, provocada pela intervenção militar russa.

No comunicado da Casa Branca sobre a conversa telefônica desta sexta-feira, não há menção alguma sobre as possíveis sanções contra a Rússia se o país não desistir de seus movimentos militares na península da Crimeia.

Merkel apostou, desde o início da crise, em evitar as sanções e tentar buscar uma solução através do diálogo e da diplomacia, mas não se fechou completamente a essa possibilidade se a Rússia mantiver suas tropas na Crimeia.

Na conversa, o líder americano louvou a “posição unificada” dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) na crise.

“Os dois líderes coincidiram na necessidade de que a Rússia retire suas tropas, permita a presença de observadores internacionais e de direitos humanos na Crimeia, e apoie as eleições livres e justas do mês de maio”, afirmou a Casa Branca.

Além disso, pediram que a Rússia aceite imediatamente a formação de um grupo de contato que permita o diálogo direto com a Ucrânia, uma via que tanto os Estados Unidos como a UE consideram imprescindível para o fim da crise.

Esta é a terceira conversa telefônica de Obama e Merkel sobre o assunto em menos de uma semana, já que os líderes conversaram no domingo passado e também na última terça-feira.

Os dois governantes, atores cruciais na mediação da crise na Ucrânia, salientaram então a importância de se continuar apoiando o governo da Ucrânia para que consiga estabilizar a economia do país e prepará-lo para as próximas eleições em maio. EFE

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