ONU considera positiva a formação do governo de unidade palestino

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2014 17h55
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Nações Unidas, 2 jun (EFE).- A ONU considerou nesta segunda-feira um passo positivo a formação de um novo governo de reconciliação na Palestina e antecipou que seu enviado na região, Robert Serry, espera reunir-se amanhã com o primeiro-ministro, Rami Hamdala.

O porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, declarou que Ban Ki-moon acredita que a unidade palestina é “um acontecimento positivo” se vai em linha com os compromissos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) sobre o reconhecimento de Israel, a renúncia à violência e a adesão a acordos prévios.

“A formação hoje de um governo interino de consenso nacional sobre esta base é um passo importante para implementar o acordo de unidade entre palestinos de 23 de abril”, comentou Dujarric.

O porta-voz explicou que Serry deve ter amanhã um encontro com Hamdala para discutir como o novo Executivo pode “levar melhoras tangíveis à população da Cisjordânia e da Faixa de Gaza” e “oferecer oportunidades para avançar rumo a uma solução de dois Estados”.

Após sete anos de divisão e apesar das tensões entre o movimento islamita Hamas e o nacionalista Fatah serem ainda palpáveis, a Palestina iniciou hoje seu primeiro governo de reconciliação.

O Executivo está composto de tecnocratas e respaldado por ambas forças políticas e enfrentará nos próximos sete meses o desafio de convocar eleições gerais, ao mesmo tempo em que trabalha na reconstrução de Gaza, seriamente prejudicada pelo ferrenho bloqueio do exército israelense desde 2007.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu retirar a colaboração de seu país com o novo governo exceto em assuntos de segurança e hoje qualificou o gabinete de “terrorista”.

Netanyahu lidera, há dias, uma campanha para pedir que a comunidade internacional não reconheça o novo governo.

Por sua parte, o governo dos Estados Unidos mostrou hoje sua disposição a trabalhar com o Executivo de reconciliação nacional e assegurou que o julgará por suas ações. EFE

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