PM controla tumulto e ajuda a concluir reintegração de posse de terreno da USP

  • Por Agência Brasil
  • 23/12/2014 15h19
Montagem com fotos de Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress Reintegração de posse na USP termina com três ônibus queimados e confronto com a polícia

Após algumas horas de tumulto, confusão e três ônibus queimados, a reintegração de posse do terreno da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital paulista, já foi concluída. Segundo a Polícia Militar (PM), a situação está sob controle na área ao lado do Hospital Universitário, no Campus Butantan da USP. Conforme a PM, os policiais permanecerão no local apenas para garantir a segurança das pessoas que trabalharão na retirada do entulho.

A ação de reintegração de posse da área começou por volta das 6h52 da manhã de hoje (23). De acordo com a PM, no local havia aproximadamente 40 pessoas, que saíram pacificamente quando a polícia chegou. Entretanto, alguns ocupantes se revoltaram e atiraram rojões contra policiais e queimaram três ônibus perto do prédio da prefeitura da USP. Representantes da PM salientaram que receberam ligações por meio do 190, com a informação de que havia pessoas armadas entre os ocupantes.

O terreno foi invadido no último fim de semana por moradores das comunidades São Remo, Jardim Bonfiglioli e Jaguaré, vizinhas à USP. Eles não fazem parte de nenhum movimento por moradia.

Conforme Waldyr Antônio Jorge, superintendente do Hospital Universitário, o terreno será usado em programas de desenvolvimento técnico e científico para ensino e pesquisa da universidade. “Qualquer terreno na universidade é de propriedade da USP, mas alguns estão alocados para ensino, outros para pesquisa e outros para unidade de atendimento. O hospital atinge os três níveis”. Waldyr Jorge ressaltou que o terreno não é abandonado e estava cercado.

Por meio de nota, a USP esclareceu que a liminar de reintegração de posse foi concedida domingo (21) e executada hoje, para manter a integridade dos espaços que são patrimônio da universidade, incluindo a área desocupada . O documento acentua que a USP reconhece a gravidade dos problemas sociais e habitacionais da população, “evidentes na área adjacente já ocupada pela comunidade São Remo”.

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