Polícia prende dois supostos radicais que preparavam atentado na Alemanha

Berlim, 30 abr (EFE).- O ministro do Interior do estado alemão de Hesse, Peter Beuth, confirmou nesta quinta-feira a prisão de dois supostos radicais islamitas que supostamente preparavam um atentado terrorista.

Em discurso no parlamento de Hesse, em Wiesbaden, Beuth acrescentou que há “indícios” de “cenário salafista” nas detenções praticadas nesta madrugada, perto de Frankfurt, algo que já havia sido noticiado pela imprensa local.

Anteriormente, o jornal “Die Welt” informou que um comando especial da polícia prendeu um casal na cidade de Oberursel (oeste da Alemanha) e que, durante a revista em sua casa, foram apreendidos uma bomba caseira, material explosivo, um fuzil e munição.

A promotoria de Frankfurt confirmou através da agência de notícias alemã “dpa” que ao longo da busca foi encontrada uma bomba caseira e que os dois detidos são um homem de 35 anos e nacionalidade alemã – com antepassados turcos – e uma mulher turca de 34 anos.

No entanto, a promotoria negou ter conhecimento de planos concretos de um atentado terrorista, diferente do que a imprensa noticiou, ao apontar a intenção do casal de realizar um atentado contra a corrida de ciclismo Eschborn-Frankfurt, de 206 quilômetros, que será disputada na sexta-feira.

Os crimes investigados são de preparação de grave ato de violência contra a segurança do estado e de preparação de atentado com bomba, segundo indicou o promotor federal, Albrecht Schreiber, à edição digital do “Der Spiegel”.

As forças de segurança alemãs entraram em atividade após identificar uma pista do casal, quando a mulher comprou recentemente três litros de água oxigenada.

A Alemanha, que não segue um sistema de níveis de segurança identificados por cores como outros países, enfrenta um “alto risco abstrato”, segundo o Ministério do Interior.

As forças de segurança indicaram recentemente ao parlamento alemão que não há nenhum indício concreto sobre hora ou lugar de um atentado, mas sim uma ameaça genérica pelo envolvimento político e militar da Alemanha na Síria e no Iraque. EFE