AO VIVO: STF mantém decisão que declarou Moro suspeito; acompanhe

Ministros também decidiram que processos envolvendo o ex-presidente serão enviados para a Justiça Federal do DF

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2021 14h23 - Atualizado em 22/04/2021 18h51
REUTERS/Amanda Perobelli Ex-presidente Lula falou nesta quinta-feira sobre a anulação dos seus processo na operação Lava Jato e julgamento do ex-juiz Sergio Moro pelo STF Na última semana, STF decidiu pela manutenção da anulação das condenações de Lula na Lava Jato

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria a favor da decisão da Segunda Turma que declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito no caso do tríplex do Guarujá. A Corte retomou, nesta quinta-feira, 22, o julgamento dos recursos à decisão do ministro Edson Fachin que anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato e o tornou apto a disputar as eleições presidenciais de 2022. Os ministros também decidiram pelo envio dos quatro processos envolvendo o petista para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Votaram pela manutenção da decisão da Segunda Turma os ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Foram vencidos os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que entenderam que o pedido de suspeição, feito pela defesa do petista, perdeu o objeto com a anulação das condenações. Vale ressaltar que, na sessão desta quinta-feira, os ministros não decidiram se Moro foi imparcial ao julgar e condenar Lula nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, localizado no interior de São Paulo, mas se a Turma poderia ter dado sequência ao julgamento mesmo com a declaração de “perda de objeto”. Prevaleceu o entendimento de que não cabe ao plenário da Corte reformar uma decisão tomada pelo colegiado.

Na sessão da última quinta-feira, 15, por 8 votos a 3, os ministros mantiveram a anulação das condenações de Lula. A maioria dos integrantes da Corte entendeu que as ações penais não têm relação com desvios da Petrobras – por isso, elas não poderiam ter sido julgadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, então comandada por Moro. No dia 8 de março, Fachin determinou que os processos fossem enviados para o Distrito Federal, mas não houve consenso no plenário. A decisão foi referendada na sessão de hoje, com os votos dos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Os ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski votaram pelo envio das ações penais para São Paulo. Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e o presidente da Corte, Luiz Fux, defenderam, na semana passada, que o caso de Lula ficasse em Curitiba.

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