Apoiadores de Bolsonaro protestam pela volta do voto impresso

Manifestantes também carregaram cartazes contra reeleição no Congresso Nacional

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2020 15h39 - Atualizado em 06/12/2020 15h56
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GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO - 06/12/2020 Não houve divulgação oficial do número de participantes do protesto em frente à Esplanada dos Ministérios

Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fez protesto neste domingo, 6, em frente ao palácio da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em defesa da volta do voto impresso. Com dois carros de som, o grupo caminhou até o gramado em frente ao Congresso Nacional. Não houve divulgação oficial do número de participantes. Os manifestantes também carregaram cartazes contra a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) aos comandos da Câmara e Senado, respectivamente. A possibilidade de recondução de ambos ao poder está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) discursou durante o evento e colocou dúvidas sobre a credibilidade da urna eletrônica, embora não tenha havido qualquer evidência de fraude nas eleições brasileiras. “O voto é o instrumento mais importante da nossa democracia e nosso sistema. Por mais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a mídia quase que integralmente queiram nos fazer acreditar que ele é perfeito, nós temos elemento para saber que ele é vulnerável”, disse a deputada. Em março deste ano, Bolsonaro afirmou ter provas de que a eleição de 2018 foi fraudada e de que ele teria ganhado no primeiro turno, mas nunca apresentou qualquer prova que corroborasse sua declaração.

Mesmo com custos estimados em R$ 2,5 bilhões ao longo de dez anos, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria de Bia Kicis foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no fim do ano passado. Foram 33 votos a favor e apenas cinco contrários, com o apoio de partidos como DEM, Republicanos, PT, PDT e MDB. O projeto torna obrigatória a existência do voto impresso. De acordo com a deputada, a eleição funcionaria da seguinte forma: o eleitor registraria seu voto na urna eletrônica, como é feito hoje. Após apertar o botão “confirma”, uma impressora geraria o voto de papel. O eleitor não poderia levar o comprovante, mas poderia vê-lo antes que ele fosse depositado em uma urna separada.Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do voto impresso.

*Com informações do Estadão Conteúdo
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