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Após troca de farpas, G7 da CPI da Covid-19 vai se reunir para ‘aparar arestas’

O senador Tasso Jereissati, após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na residência oficial da presidência da Câmara

O grupo majoritário da CPI da Covid-19 não esconde a irritação com o vazamento da minuta do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), mas também está empenhado em colocar panos quentes na situação. Dentro do G7, formado pelos parlamentares independentes e de oposição, prevalece a avaliação de que, na reta final dos trabalhos, as divergências precisam ser deixadas de lado a fim de aprovar um texto contundente. Na tentativa de “aparar as arestas”, os senadores vão se reunir na noite desta terça-feira, às 19h, na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

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Desde o início dos trabalhos da CPI, os senadores se reuniam semanalmente na residência do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, que servia um tradicional arroz de bacalhau nos jantares das noites de segunda-feira. Aziz seria o anfitrião do encontro que ocorreria na noite desta segunda-feira, 18, mas os parlamentares não viam clima para tratar sobre o relatório após o racha no G7 vir à tona. O senador do PSD, inclusive, vocalizou a insatisfação do grupo em relação ao vazamento de uma das versões do texto de Renan Calheiros e manifestou contrariedade quanto a imputar ao presidente Jair Bolsonaro o crime de genocídio contra povos indígenas.

Por isso, Tasso Jereissati foi escalado como bombeiro. Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) atuaram para amenizar o clima de tensão dentro do G7, enquanto o parlamentar tucano se dispôs a receber os colegas. O bloco majoritário, inclusive, troca mensagens desde o início dos trabalhos da CPI em um grupo de WhatsApp chamado de “Filhos de Otto e do Tasso”, os dois senadores mais velhos da comissão. “Arranjamos um decano apaziguador”, resumiu Rodrigues em conversa com jornalistas antes do início da sessão desta terça-feira, 19.

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