Bolsonaro formaliza nesta sexta indicação de Kassio Nunes para o STF
Nesta quinta-feira, o presidente já havia confirmado a escolha do desembargador para o cargo no Supremo durante transmissão nas redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro formalizou nesta sexta-feira, 2, a indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A mensagem que submete o nome do juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) ao crivo do Senado foi publicada na edição desta sexta do Diário Oficial da União (DOU). A formalização acontece bem antes da saída oficial do atual ministro Celso de Mello do Supremo, que irá se aposentar do cargo no próximo dia 13. O decreto presidencial que concede a aposentadoria ao ministro do Supremo, a partir dessa data, também está publicado no diário de hoje. Na publicação, Bolsonaro destaca que o envio antecipado da indicação “considera a necessidade de prévia organização para o funcionamento das deliberações dessa Casa [o Senado], em virtude do estado de calamidade pública decorrente da pandemia do coronavírus“.
Nesta quinta-feira, o presidente já havia confirmado a escolha de Kassio Marques para o Supremo durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Na ocasião, Bolsonaro destacou a “amizade” com o desembargador, com quem, segundo disse, já tomou “muita tubaína”. No geral, a escolha do desembargador agradou a uma ala do Supremo e a políticos do “Centrão”. No entanto, a reação foi unanime, sendo alvo de críticas por militantes bolsonaristas. Mensagens que circularam em redes sociais lembravam que o desembargador foi indicado para o TRF-1, em 2011, pela então presidente Dilma Rousseff. Os apoiadores do presidente também citaram a ligação de Kassio Nunes com o governador do Piauí, Wellington Dias, também do Partido dos Trabalhadores (PT).
Bolsonaro afirmou que tinha uma lista com dez nomes em sua mesa para a analisar e optou por Kassio Marques depois de conversar com ele. O presidente afirmou que a indicação do ano que vem, para a cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em julho, será de alguém “terrivelmente evangélico”, em reforço ao seu compromisso com a bancada evangélica, que inicialmente se posicionou com ressalvas a escolha do desembargador.
*Com Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.