Candidato a vereador é preso com R$ 15 mil na cueca em Sergipe

Polícia abordou candidato após denúncia anônima de que ele estaria tentando comprar votos em um povoado rural da cidade de Carira, no interior do estado

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2020 18h55 - Atualizado em 22/10/2020 19h11
Polícia Militar de Sergipe / Divulgação Dinheiro foi encontrado na cueca do candidato a vereador

A Polícia Militar prendeu nesta quarta-feira, 21, um candidato a vereador da cidade de Carira, no interior de Sergipe, com R$ 15,3 mil escondidos na cueca. Segundo a corporação, o dinheiro foi encontrado após denúncia de compra de votos no povoado de Altos Verdes, na zona rural do município de pouco mais de 20 mil habitantes. Além do dinheiro, Edilvan Messias dos Santos, conhecido como “Vanzinho de Altos Mares”, do Partido Social Democrático (PSD), foi encontrado com material de campanha eleitoral no carro em que estava.

Apesar da denúncia da compra de votos, o candidato afirmou que teria recebido os mais de R$ 15 mil como “pagamento” em uma cidade vizinha e o usaria para comprar um carro no povoado. Ele estava com uma mulher, que não teve identidade revelada. Os dois foram encaminhados para uma delegacia local para a “adoção de medidas cabíveis”, segundo nota da PM, e foram liberados em seguida. O PSD foi procurado pela reportagem, mas não retornou o contato até o momento. O candidato também não se pronunciou.

O novo caso de dinheiro na cueca ocorre pouco mais de uma semana após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 30 mil nas vestes íntimas do senador Chico Rodrigues (DEM), então vice-líder do governo no Senado, durante operação que investiga desvio de dinheiro voltado a medidas contra o novo coronavírus em Roraima, estado pelo qual o parlamentar foi eleito. Em vídeo, Chico Rodrigues afirmou que escondeu os valores na cueca em “um ato de impulso” e que o dinheiro era voltado para o pagamento dos próprios funcionários. Após o flagra da PF, o senador pediu licença do cargo por 121 dias – o suplente que deve assumir a vaga é seu filho. Na ocasião, Chico considerou a ação policial como “terrorista” e disse que foi “linchado” por um crime não cometido.

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