Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização para contato telefônico e revogação da prisão domiciliar

Medida, segundo os advogados, é necessária para garantir o pleno direito à ampla defesa, já que ex-presidente está proibido de usar celular e redes sociais como parte das medidas cautelares impostas contra ele

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2025 18h52
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO STF: 1ª Turma condena Bolsonaro a 27 anos e 3 meses, com 24 anos e 9 meses em regime fechado DF - BOLSONATO/STF/JULGAMENTO/CONDENAÇÃO/27 ANOS - POLÍTICA - **RECORTE ALTERNATIVO** O ex-presidente, Jair Bolsonaro, fez uma aparição de cerca de 20 minutos nesta quinta- feira, 11 de setembro de 2025, em frente à casa onde ele cumpre prisão domiciliar, em Brasí­lia (DF). A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal fixou hoje a pena de Bolsonaro, condenado por tentar dar um golpe de Estado após perder as eleições 2022, em 27 anos e três meses em regime inicial fechado - 24 anos e nove meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, com 124 dias-multa (equivalente a dois salários mínimos). Os ministros seguiram o voto do relator Alexandre de Moraes. 11/09/2025 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação de contatos telefônicos entre o ex-presidente e sua equipe de defesa. A medida, segundo os advogados, é necessária para garantir o pleno direito à ampla defesa, já que Bolsonaro está proibido de usar celular e redes sociais como parte das medidas cautelares impostas contra ele.

A defesa argumenta que a impossibilidade de contato direto por chamadas telefônicas dificulta a comunicação, especialmente porque os advogados vivem em São Paulo, enquanto Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília. Atualmente, eles têm autorização para visitá-lo sem necessidade de autorização prévia, mas pedem que essa permissão seja estendida às conversas por telefone.

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No mesmo requerimento, a defesa voltou a pedir a revogação da prisão domiciliar, alegando que Bolsonaro não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que as medidas foram impostas, o que, segundo os advogados, tornaria desnecessárias as restrições. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, utiliza tornozeleira eletrônica e teve o celular apreendido.

O pedido tramita em sigilo, já que as cautelares contra Bolsonaro foram incluídas em uma petição sigilosa vinculada ao inquérito que investiga seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Cabe agora à PGR, sob comando do procurador-geral Paulo Gonet, se manifestar sobre a solicitação.

Paralelamente, Moraes determinou que o STF passe a receber relatórios diários sobre o uso das tornozeleiras eletrônicas de investigados em processos relacionados à tentativa de golpe e outros casos de repercussão, entre eles Mauro Cid, Anderson Torres, Silvinei Vasques, Felipe Martins, Daniel Silveira e Chiquinho Brazão. O objetivo, segundo o ministro, é monitorar eventuais falhas ou descumprimentos no cumprimento das medidas.

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