Deputados do agro criticam Lula e falam em cenário ‘nebuloso’ para 2023

Encontro com lideranças do setor agropecuário foi marcado por críticas ao presidente eleito e defesa de pautas prioritárias

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2022 15h12
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Marina Ramos/Câmara dos Deputados Deputado Federal Sérgio Souza (MDB-PR) durante sessão da Câmara Presidente da Frente Parlamentar, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), defendeu as pautas do setor

Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniram em encontro com lideranças do setor nesta terça-feira, 22. O evento, que contou com a presença de autoridades como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e da ex-ministra e senadora eleita Tereza Cristina (PP), foi marcado por críticas de representantes do agronegócio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com projeções de cenário “nebuloso” para 2023. “O cenário de 2023 é um tanto nebuloso. O governo que está para assumir não é nada simpático ao agronegócio, vê o agro de maneira completamente equivocada”, afirmou o senador Zequinha Marinho (PL-PA), vice-presidente da FPA. Em suas falas, ele também falou sobre desafios para o próximo ano e defendeu união para o setor avançar, doação e esforço dos parlamentares, e fé. “Temos que acreditar naquilo que defendemos, temos que acreditar naquilo que vemos, que é o futuro alimentar deste país. A segurança alimentar do país e do mundo é essencial para nós”, reforçou.

Em seu pronunciamento, o presidente da Frente Parlamentar, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), defendeu as pautas do setor e falou em “lendas urbanas, plantadas ideologicamente” para prejudicar a visão da população sobre o agronegócio. “[Coloca] na cabeça do brasileiro que o agro faz mal ao Brasil, que produzir alimentos com defensivos agropecuários é colocar veneno no prato de comida das pessoas, que o agro é responsável pelo aquecimento global”, afirmou Souza, dando início ao evento. Também presente no encontro, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária Brasileira (CNA), João Martins, defendeu que o agronegócio não pode ser um “campo de batalhas de ideias já mortas e sepultadas em todo o mundo” e criticou a divisão da agricultura familiar da agricultura comercial. “Para no fundo sacralizar a primeira e demonizar a segunda. Essa é uma divisão artificial, com forte componente ideológico, cujo propósito é politizar uma atividade produtiva”, completou.

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