Ex-ministro Nelson Barbosa vê espaço para gasto extra de R$ 136 bilhões em 2023 sem elevar despesas

Ex-ministro da Fazenda e do Planejamento na gestão de Dilma e integrante da equipe de transição utilizou uma comparação entre o Produto Interno Bruto e os gastos públicos como referência para sua análise

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2022 18h41
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Antonio Cruz/Agência Brasil Antonio Cruz/Agência Brasil Nelson Barbosa integrou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff como ministro da Fazenda

Membro da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Nelson Barbosa conversou com jornalistas nesta segunda-feira, 21, e falou sobre o planejamento orçamentário do país no próximo ano. No entendimento do ex-ministro da Fazenda e do Planejamento durante o governo de Dilma Rousseff, há um valor “significativamente inferior” no orçamento de 2023 já que a proposta enviada ao Congresso pelo governo Bolsonaro prevê um gasto de 17,6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto os gastos realizados neste ano totalizam 19% da arrecadação total. Para Barbosa, a diferença entre os percentuais não seria um aumento de despesa, e sim uma “recomposição” orçamentária. “Significa que, caso você adicionar até R$ 136 bilhões em gastos no orçamento do ano que vem, em termos do tamanho da economia, não será expansão fiscal. O gasto será igual ao efetivamente feito no último ano do governo Bolsonaro”, disse. Barbosa integra grupo que discute a economia na transição, mas não participa das negociações com o Congresso Nacional para a proposta sobre a PEC de Transição, que visa autorizar o novo governo a gastar cerca de R$ 175 bilhões fora do teto de gastos para custear a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, além de ceder um acréscimo de R$ 150 aos pais com filhos menores de 6 anos de idade.

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