Inclusão da CoronaVac em plano do governo não altera vacinação em SP, diz Doria

Segundo o governador, a compra de possíveis doses pelo Ministério da Saúde não afetará o planejamento estadual

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2020 08h13 - Atualizado em 13/12/2020 10h52
EFE/ Sebastiao Moreira João Doria segurando dose da Coronavac Segundo Doria, a aquisição da vacina pelo Ministério da Saúde não atrapalharia as negociações paralelas que Estados e municípios têm feito com SP

A inclusão da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan no Plano Nacional de Imunização, divulgado neste sábado, 12, pelo governo federal, não deve alterar a a vacinação contra a Covid-19 no Estado de São Paulo. A informação é do próprio governador João Doria (PSDB). Segundo ele, a previsão para início da aplicação se mantém em 25 de janeiro. O governo de Jair Bolsonaro vai editar Medida Provisória (MP) para abrir crédito de R$ 20 bilhões para compra de vacinas. Segundo planejamento do governo entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado, a Coronavac estaria entre as vacinas em 3º estágio de testes que são possíveis candidatas do governo para a imunização.

“É o que queremos desde o início de outubro, quando o ministro anunciou a compra e, menos de 24 horas depois, foi desautorizado pelo presidente. O que questionamos é por que começar a vacinação apenas em março, se temos capacidade para fazê-lo em janeiro?”, disse Doria. Ainda de acordo com o governador, a aquisição da vacina pelo Ministério da Saúde não atrapalharia as negociações paralelas que Estados e municípios têm feito com São Paulo, já que eles também seriam incorporados ao sistema nacional. Segundo ele, 12 Estados e mais de mil municípios já sinalizaram interesse para a aquisição do imunizante. Na sexta-feira, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), comentou sobre o plano de uma MP com intenção de centralizar a compra de imunizantes, o que motivou discussões sobre a possibilidade de um confisco, por parte do governo federal, das vacinas. O ministério negou a ideia, vista como inconstitucional por Doria.”Esperamos que isso não aconteça, porque isso seria inconstitucional“, disse o governador.

Cronograma de vacinação

O governo do Estado de São Paulo anunciou, em 7 de dezembro, a intenção de começar a imunização contra a Covid-19 a partir de 25 de janeiro de 2021. A proposta, considerada ousada por algumas autoridades, acontece antes mesmo da aprovação da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo cronograma, a vacinação deve priorizar profissionais da saúde que estão atuando no enfrentamento da pandemia, indígenas, quilombolas e os idosos com mais de 60 anos. No total, esta primeira etapa, que deve acontecer de 25 de janerio a 28 de março, busca imunizar cerca de nove milhões de pessoas em todo o estado. A previsão da gestão Doria é que cada pessoa receba duas doses da CoronaVac de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, destinações de possíveis imunizantes para a iniciativa privada não estão sendo discutidas. Confira abaixo o faseamento inicial previsto para a vacinação em São Paulo:

Trabalhadores da área de saúde, indígenas e quilombolas: 1ª dose em 25 de janeiro e 2ª dose em 15 de fevereiro.
Idosos com 75 anos ou mais: 1ª dose em 8 de fevereiro e 2ª dose em 1º de março.
Idosos de 70 a 74 anos: 1ª dose em 15 de fevereiro e 2ª dose em 8 de março.
Idosos de 65 a 69 anos: 1ª dose em 22 de fevereiro e 2ª dose em 15 de março.
Idosos de 60 a 64 anos: 1ª dose em 1º de março e 2ª dose em 22 de março.

*Com Estadão Conteúdo

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