Lula diz que Israel quer ‘acabar com palestinos na Faixa de Gaza’

Crise diplomática foi instaurada entre Brasil e o governo israelense após declarações do chefe do Executivo na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana em 18 de fevereiro

  • Por Adrielle Farias
  • 27/02/2024 17h01 - Atualizado em 27/02/2024 17h02
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Ricardo Stuckert/PR Lula Presidente Lula durante seu discurso na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana na Etiópia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 27, que não se arrepende de ter criticado as ações de Israel na Faixa de Gaza. O comentário do chefe do Executivo provocou uma crise diplomática entre o governo israelense e o brasileiro. Segundo Lula, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deseja acabar com os palestinos na Faixa de Gaza de maneira efetiva e que é hipocrisia ele acreditar que “uma morte é diferente da outra”. A afirmação foi feita pelo petista em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, que irá ao ar na íntegra na noite desta terça-feira a partir das 22h. O presidente também enfatizou que não utilizou o termo “holocausto” para se referir aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, mas que ele “não esperava que o governo de Israel fosse compreender”.

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“O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem”, respondeu Lula ao jornalista. A fala de Lula que causou desconforto nas relações com o governo israelense foi feita no dia 18 de fevereiro durante a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana na Etiópia. Na ocasião, além de tecer críticas à Israel, o presidente também enfatizou que o governo brasileiro apoia a criação de um Estado palestino. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou. Netanyahu repudiou o comentário de Lula e disse que o posicionamento do petista era “vergonhoso”. Já o chanceler israelense, Israel Katz, disse que Lula se tornou “persona non grata” no país e exigiu que ele pedisse desculpas, do contrário, não seria mais bem-vindo ao território.

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