Moraes autoriza depoimento de Marcos do Val à PF em inquérito sobre 8 de janeiro

Decisão atende a pedido da Polícia Federal e acontece após senador denunciar proposta de ‘missão’ recebida do ex-deputado Daniel Silveira; expectativa é que oitiva ocorra ainda hoje

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2023 13h05 - Atualizado em 02/02/2023 18h19
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Marcos Oliveira/Agência Senado Em pronunciamento, senador Marcos do Val Marcos do Val disse ter recebido proposta do ex-deputado Daniel Silveira para ajudar em um plano para contestar as eleições

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a tomar depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES), no prazo de cinco dias, no âmbito do inquérito que apura o episódio da invasão e depredação das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro. A decisão proferida nesta quinta-feira, 2, acontece após a corporação solicitar a autorização para oitiva do parlamentar, “que recentemente divulgou em suas redes sociais possuir informações relevantes quanto a investigação”. Do Val afirmou, em coletiva de imprensa, que recebeu uma proposta do ex-deputado Daniel Silveira para ajudar em um plano para contestar os resultados das eleições de 2022. Segundo o senador, Silveira apresentou a “missão” em encontro com então presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo seria gravar, sem autorização, conversas com o ministro Alexandre de Moraes que facilitassem o caminho para contestação dos resultados do pleito.

“Senador Marcos do Val divulgou em duas redes sociais ter recebido proposta com objetivo de ruptura do Estado Democrático de Direito, circunstância que deve ser esclarecida no contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito a eventual intenção golpista”, diz decisão de Moraes. O despacho cita crimes como tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Como a Jovem Pan mostrou, o ex-deputado federal Daniel Silveira foi preso nesta quinta em Petrópolis, no Rio de Janeiro, um dia após perder o foro privilegiado ao ficar sem mandato de parlamentar. O mandado de prisão, expedido por Moraes, acontece pelo descumprimento de medidas judiciais impostas anteriormente, como o uso de tornozeleira eletrônica.

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