Moraes vota para condenar a 17 anos de prisão homem acusado de financiar atos de 8 de Janeiro

Ministro do STF comentou sobre uma mensagem de áudio enviada pelo réu, Pedro Kurunczi, à sua filha, em novembro de 2022, afirmando que estava em um acampamento para que as eleições fossem anuladas

  • Por da Redação
  • 27/06/2025 17h03
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Marcelo Camargo/Agência Brasil 8 de Janeiro O julgamento está sendo realizado em um plenário virtual do STF e está previsto para ser concluído em agosto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, se manifestou a favor da condenação de Pedro Luís Kurunczi, impondo uma pena de 17 anos de reclusão. Kurunczi, natural de Londrina, é acusado de financiar ações golpistas que ocorreram em 8 de janeiro. Segundo as investigações, ele teria bancado o transporte de manifestantes para Brasília, contribuindo para os tumultos.

A Procuradoria-Geral da República, Paulo Gonet, sustentou que a participação de Kurunczi foi decisiva para os eventos golpistas, uma vez que ele custeou a vinda de 153 pessoas aos protestos. A acusação enfatizou que sua atuação foi uma “contribuição ativa” para os atos que desrespeitaram a ordem democrática. “Com sua conduta, Pedro Luís Kurunczi custeou e, assim, materialmente viabilizou a participação de dezenas de pessoas nos atos de violência”, afirmou.

No seu voto, Moraes falou sobre uma mensagem de áudio enviada pelo réu à sua filha, em novembro de 2022, afirmando que estava participando do acampamento em Londrina para que as eleições fossem anuladas. Também citou uma mensagem de texto enviada no dia 7 de janeiro, na qual ele que os manifestantes estavam “esperando a hora de invadir Congresso”.

“Ficou evidenciado, portanto, o caráter violento e antidemocrático do acusado, que almejava a deposição de governo legitimamente eleito, razão pela qual atuou efetivamente como financiador do movimento antidemocrático e golpista que deixou rastro de destruição em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023”, escreveu o ministro.

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Por outro lado, a defesa de Kurunczi argumentou que ele “apenas frequentou o movimento de protesto instalado em frente ao Tiro de Guerra de Londrina, o qual sempre se manteve pacífico e ordeiro” e que “concordou em fazer uma tomada de preços para fretar quatro ônibus”.

O julgamento está sendo realizado em um plenário virtual do STF e está previsto para ser concluído em agosto, após o recesso do Judiciário. A decisão final sobre o caso de Kurunczi poderá ter implicações significativas para outros envolvidos nos eventos de janeiro.

Publicado por Nátaly Tenório 

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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