Para conter surto de Covid-19, Senado retoma sistema remoto em sessões

Decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após três senadores serem diagnosticados com o novo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 12h21 - Atualizado em 04/03/2021 12h22
Marcos Oliveira/Agência Senado Plenário do Senado Federal Assessores do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) também faleceram por complicações da doença

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou, nesta quinta-feira, 4, que a Casa voltará a operar remotamente a partir da próxima semana. A decisão ocorre em meio a um surto de contágio da Covid-19 envolvendo parlamentares e auxiliares que frequentam o Congresso. Nos últimos dias, os senadores Major Olimpio (PSL-SP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Lasier Martins (Podemos-RS) foram diagnosticados com o novo coronavírus. Além disso, dois assessores do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) morreram em razões de complicações causadas pela doença.

“A minha pretensão, ao assumir a presidência do Senado, era dar um passo a frente: estabelecer as sessões semipresenciais, com todas as recomendações para que os senadores com mais de 60 anos, aqueles com comorbidade, permanecessem no sistema remoto. Os senadores que aqui estão não necessariamente são mais corajosos, ativos e atuantes. Mas, embora eu quisesse avançar para ter esse ambiente de sessão semipresencial, restabelecer as comissões permanentes, os órgãos da casa, o que nós vemos hoje é um avanço muito severo da pandemia no Brasil, com decretação do lockdown aqui no Distrito federal pelo governo, e um aumento significativo e triste do número de mortos. Já havia sido decretado o fechamento do Senado para visitação, para que somente estivessem aqui presentes senadores, a assessoria, mas agora temos uma outra realidade. Vamos precisar retroceder: dar um passo atrás para darmos outros para frente. Essa sessão de hoje é a última semipresencial. Nas próximas sessões retomaremos no sistema unicamente virtual, para evitar exposição de senadores, assessores, do corpo técnico da Casa, da imprensa. É uma decisão sensata e responsável”, disse Pacheco.

Na segunda-feira, 1º, entrou em vigência o decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que estabelece o fechamento dos estabelecimentos comerciais como forma de tentar conter o avanço da doença na capital do País. Nesta quarta-feira, 3, o Brasil bateu um novo recorde no número de óbitos – nas últimas 24 horas, foram registradas 1.910 mortes causadas pelo novo coronavírus, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). Segundo a Fiocruz18 Estados e o Distrito Federal estão com a taxa de ocupação de leitos de UTI superior a 80%, o que comprova que o país vive o pior momento da pandemia em mais de um ano.

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