Caminhoneiros ainda fazem 190 interdições em estradas de 19 Estados

Segundo balanço mais recente da PRF, 419 pontos foram desmobilizados

  • Por Jovem Pan
  • 01/11/2022 12h28 - Atualizado em 01/11/2022 21h34
LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Protestos caminhoneiros Caminhoneiros fecham a rodovia Anhanguera, próximo ao quilômetro 98, em Campinas, interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou na tarde desta terça-feira, 1º, um boletim atualizado sobre as interdições nas rodovias federais realizadas pelos caminhoneiros. A ação da categoria iniciou-se após a divulgação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as eleições presidenciais. De acordo com o último levantamento, publicado às 20h29 nas redes sociais, ainda há 190 interdições em 19 Estados, entre bloqueios, quando a fluidez encontra-se totalmente paralisada, e pontos com uma interrupção parcial do fluxo de trânsito. Além disso, a corporação informou que, até o momento, 419 pontos foram desmobilizados e que houve 438 autuações referentes à obstrução de rodovias federais. Nesta manhã, durante entrevista coletiva, Marco Antônio Territo de Barros, diretor-executivo da PRF, ressaltou que eventuais multas aos manifestantes serão concedidas assim que as lideranças forem identificadas. Neste momento, as informações serão encaminhadas para a Polícia Judiciária “para posterior persecução penal” e, caso ocorra crimes em flagrante, as prisões acontecerão imediatamente. “Qualquer desvio de conduta de um agente que estiver em campo vai ser apurado pela nossa Corregedoria”, disse. Foi anunciado também que o diretor-geral da instituição, Silvinei Vasques, está no Ministério da Justiça, junto ao ministro Anderson Torres, para traçar estratégias de desobstrução das vias. A movimentação ocorre após o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinar em um despacho na noite da última segunda-feira, 31, que Silvinei deveria coordenar todas as medidas necessárias para desobstruir imediatamente todas as vias ilegalmente ocupadas. O magistrado ressaltou que sua decisão baseia-se “apontada omissão e inércia da PRF” e que, caso o diretor-geral não cumpra as determinações, o servidor poderá receber uma multa horária de R$ 100 mil, além do afastamento de suas funções e da prisão em flagrante de crime desobediência.

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