Pré-candidato republicano visitará funcionária presa por não casar gays

  • Por Agencia EFE
  • 06/09/2015 15h40

Washington, 6 set (EFE).- O pré-candidato do partido republicano à presidência dos Estados Unidos, Mike Huckabee, defendeu neste domingo a funcionária pública presa após se negar, por motivos religiosos, a emitir licenças de casamento para casais do mesmo sexo em um pequeno condado do estado do Kentucky.

Em entrevista hoje ao canal “ABC”, Huckabee, ex-governador de Arkansas que em maio se lançou à corrida pela Casa Branca, criticou a prisão de Kim Davis, “por agir de acordo com sua consciência e de acordo com a única lei perante ela”, a do estado do Kentucky e a de Deus.

“Não me agrada o fato de que esteja na prisão, é simplesmente absurdo”, afirmou Huckabee, que apoiou uma manifestação, convocada por grupos de cristãos conservadores, para protestar na terça-feira em frente à prisão da cidade de Grayson, onde a funcionária está há três dias presa.

Com o lema “Estou com Kim, marcha pela liberdade”, os manifestantes querem chamar a atenção para o que consideram um ataque à liberdade religiosa da funcionária, de denominação cristã, que desobedeceu a decisão do Supremo de permitir as uniões de pessoas do mesmo sexo em todos os estados dos EUA.

A funcionária decidiu deixar de emitir qualquer licença de casamento em junho, quando o Supremo decidiu a favor da legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo em todo o país, o que anulou o poder dos estados de proibir este tipo de casamento.

O casamento homossexual se tornou então em um direito constitucional nos Estados Unidos, o que obrigou os 13 estados que ainda o proibiam, entre eles o Kentucky, a casar gays.

Quando o governador de Kentucky, o democrata Steve Beshear, ordenou aos tribunais emitirem licenças de casamento aos homossexuais, Davis entrou com uma ação em uma corte federal, com o argumento de que suas crenças religiosas a eximiam de cumprir essa determinação.

Davis chegou até o Supremo, que na segunda-feira passada a ordenou, de maneira imediata, a voltar a emitir licenças matrimoniais para qualquer tipo de casais, homossexuais e heterossexuais. EFE

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