Primeiro-ministro da Austrália diz que sequestro em cafeteria tem “motivação política”

  • Por EFE - editado
  • 15/12/2014 09h32
EFE Homem mantém reféns em cafeteria em Sidney

A Polícia da Austrália entrou em contato com o homem que retém um número indeterminado de reféns em uma lanchonete de Sydney e assegura que quer resolver o sequestro de forma pacífica.

Andrew Scipione, delegado da polícia do estado de Nova Gales do Sul, se negou a fornecer detalhes sobre as exigências ou a natureza do ataque e do sequestrador. O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, afirmou que a ação tem “motivações políticas”.

Um homem armado, de cerca de 40 anos de idade, mantém retidos os civis no Lindt Chocolate Café, situado na área comercial de Martin Place da cidade australiana, desde o começo da manhã.

Duas supostas reféns, uma mulher que trabalha no local e um cliente, seguravam contra o vidro da entrada uma bandeira negra com um texto em árabe no qual se lê “Não há outro Deus que Alá e Maomé é o mensageiro de Deus”.

Após sete horas de sequestro, cinco reféns conseguiram sair do local, embora as autoridades não tenham esclarecido se foi uma fuga ou eles foram libertados. Um dos reféns foi atendido em um hospital, mas por “uma condição preexistente”, comentou o delegado Scipione.

A vice-delegada da Polícia de Nova Gales do Sul, Catherine Burn, disse que estiveram em contato com o sequestrador “de várias maneiras”.

“Queremos resolver esta situação de forma pacífica. Pode ser que leve tempo, mas esta é nossa intenção”, disse Catherine.

Ela evitou dar mais detalhes, incluindo o número de pessoas retidas, por se tratar de uma operação que segue em andamento, embora tenha insistido que a Polícia age seguindo um sistema testado.

Também disse que no caso trabalham os melhores negociadores e todos os recursos da Polícia, que realiza um acompanhamento do Facebook e do Twitter para encontrar informação sobre o assaltante.

Perguntada se há bombas escondidas em Sydney, Catherine disse que a Polícia se desdobrou por toda a cidade sem que por enquanto tenha sido encontrado algum pacote suspeito e insistiu que a prioridade é resolver o sequestro da cafeteria.

A Polícia fechou parte do centro de Sydney e evacuou os moradores como medida de precaução o que, segundo Catherine, não teve consequências de destaque no funcionamento do transporte púbico.

“Devemos continuar levando a vida normalmente. Há uma zona de exclusão mas além disto, os outros prédios operam com normalidade”, assinalou a vice-delegada.

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