Principal ministra do Peru consegue o voto de confiança do Congresso

  • Por Agencia EFE
  • 26/08/2014 17h22

Lima, 26 ago (EFE).- A presidente do Conselho de Ministro do Peru, Ana Jara, conseguiu nesta terça-feira o voto de confiança do Congresso em uma terceira votação após duas tentativas fracassadas marcadas pela abstenção.

O parlamento emitiu 55 votos a favor, 54 contra e nove abstenções, com o voto de Minerva da presidente do Congresso, Ana Solórzano, que foi o que decidiu a aprovação.

Desta maneira, o parlamento outorgou o voto de confiança ao gabinete ministerial liderado por Ana Jara, que o solicitou no último dia 20 de agosto, após apresentar os planos do governo.

Minutos após saber do resultado da votação, o presidente peruano, Ollanta Humala, declarou que agora “é preciso virar a página” e expressou sua alegria porque finalmente se pode “retomar a agenda parlamentar”.

“O Executivo em nenhum momento deixou de trabalhar, seguimos trabalhando”, ressaltou Humala.

Ana Jara conseguiu o aval do parlamento depois que o governo descartou ontem mudanças na equipe ministerial, mas aceitou um gesto de agrado à oposição ao apoiar a suspensão da contribuição obrigatória dos trabalhadores independentes às administradoras de fundos de pensões.

“O Partido Nacionalista estará a favor de um projeto de lei que suspenda a contribuição obrigatória dos independentes”, afirmou a presidente desse grupo de administradoras, Nadine Heredia, esposa de Humala, em mensagem no Twitter.

A oposição tinha pedido a renúncia do ministro da Energia e Minas, Eleodoro Mayorga, a quem acusam de dar prioridade aos interesses de empresas privadas em suas decisões.

No entanto, Humala afirmou ontem que “o gabinete se encontra sólido” e que não avalia nenhuma mudança de ministros.

Neste mesmo sentido se pronunciou ontem à noite Ana Jara ao assegurar que “jamais entregaria uma cabeça (de sua equipe ministerial) para salvar a sua”.

Segundo a Constituição peruana, o voto de confiança do Congresso é requisito de obrigatório cumprimento para que os ministros desenvolvam seu plano de trabalho e executem a política geral do governo.

O anterior gabinete ministerial, presidido por René Cornejo, necessitou em março de uma terceira votação do Congresso e de reuniões reservadas para conseguir o voto de confiança.

Em julho, o presidente Humala designou a advogada Jara após a renúncia de René Cornejo, aceita após divulgar os meios de comunicação divulgarem uma suposta campanha de desprestígio contra um legislador opositor. EFE

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