Ramo egípcio do EI reivindica atentado perto de consulado italiano no Cairo
Cairo, 11 jul (EFE).- O grupo jihadista Wilayat Sina (Província do Sinai), ramo da organização extremista Estado Islâmico (EI) no Egito, assumiu a autoria do atentado com carro-bomba que matou uma pessoa e deixou outras dez feridas em frente ao consulado da Itália no Cairo.
Em um breve comunicado divulgado nas redes sociais, o Wilayat Sina disse que o veículo transportava 450 quilos de explosivos.
“Os soldados do Estado Islâmico conseguiram detonar um carro-bomba que estava estacionado e levava 450 quilos de material explosivo em frente ao consulado italiano no centro do Cairo”, explicou a nota.
O grupo extremista, com base na Península do Sinai, aconselhou aos muçulmanos que se “afastem de todos estes edifícios oficiais porque são alvos dos ataques dos mujahedins (guerreiros santos)”.
O Ministério do Interior egípcio informou que os explosivos estavam em um veículo estacionado em frente ao consulado e foram detonados por controle remoto.
A forte explosão causou grande destruição na fachada do consulado, que estava fechado no momento do ataque, e em outros imóveis nos arredores.
Em Roma, o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, afirmou que se trata de “um ataque direto contra a Itália” mas que não causou vítimas entre seus cidadãos.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, conversou por telefone com o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, e lhe ofereceu para “lutarem juntos contra o terrorismo e o fanatismo”.
Já o juiz egípcio Ahmed Fudali, aliado do presidente Abdul Fatah al Sisi, disse à Agência Efe no Cairo que o atentado tinha ele próprio como alvo, e que o ocorrido foi “uma tentativa de assassinato”.
Fudali explicou que estava na Associação de Jovens Muçulmanos, cuja sede fica na frente do consulado e na qual ocupa um alto cargo. Ele havia deixado o local pouco antes da explosão. EFE
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