Rebeldes pró-Rússia informam descoberta de 400 corpos

  • Por Agencia EFE
  • 29/09/2014 10h19
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Moscou, 29 set (EFE).- Cerca de 400 corpos, a maioria de civis, foram encontrados em necrotérios de Donetsk e outras regiões rebeldes da Ucrânia, disseram nesta segunda-feira as autoproclamadas autoridades pró-russas.

“Atualmente há cerca de 400 corpos nos necrotérios, dos quais 350 são de civis, e muitos estão em estado que torna impossível a identificação”, afirmou o vice-primeiro-ministro separatista de Donetsk, Andrei Purguin.

Os corpos pertenceriam a pessoas que morreram desde o começo da operação militar ucraniana no leste do país para neutralizar a sublevação armada das milícias pró-russas, há quatro meses.

Purguin acrescentou que “os corpos foram encontrados em diferentes lugares que agora estão sob controle dos rebeldes, mas que antes eram controlados pelas forças ucranianas”, segundo a agência russa “Interfax”.

De acordo a “RIA Novosti”, as autoridades rebeldes da região de Donetsk se dispõem a pedir ajuda à Rússia para que envie especialistas que ajudem na identificação dos corpos.

Na semana passada, o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, informou que foram encontrados cerca de 40 cadáveres de civis em valas comuns na região.

A descoberta se tratava de 30 corpos de civis enterrados na cidade de Telmanovsk e de outros dois em uma mina da cidade de Kommunar, a 60 quilômetros de Donetsk, com os corpos de outros quatro civis e cinco milicianos, aparentemente executados.

Dois dias depois, as autoridades ucranianas anunciaram a descoberta de três valas comuns na cidade de Slaviansk, região que era controlada por milicianos pró-Rússia até o início de julho.

O conflito entre o poder de Kiev e as milícias pró-russas gera acusações de crimes de guerra por ambos os lados. Apesar de vigorar um cessar-fogo na região atualmente, há informações sobre novos bombardeios e combates que causaram a morte de pelo menos nove soldados ucranianos e três civis nas últimas horas em Donetsk. EFE

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