Reino Unido estuda permitir a entrada de refugiados sírios
Londres, 26 jan (EFE).- O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, disse neste domingo que o governo estuda a possibilidade de receber refugiados sírios que fogem do conflito, após as pressões da oposição para que o país aprove sua entrada.
Em entrevista à “BBC”, Hague disse que a ministra do Interior britânica, Theresa May, estuda este plano, cujos detalhes – acrescentou – o governo espera divulgar em breve.
Deputados do Partido Trabalhista, o principal da oposição, e do Partido Liberal-Democrata, terceira maior formação do país, querem que o Reino Unido ajude os refugiados sírios mais vulneráveis.
Os trabalhistas solicitam que o Reino Unido assine o pedido do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) para que os países ocidentais aceitem cerca de 30 mil pessoas.
“A ministra do Interior está trabalhando nisto e teremos mais o que dizer nos próximos dias. Acho que há um argumento para ajudar gente que é particularmente vulnerável”, afirmou Hague.
Por outro lado, o ministro também se referiu a alguns casos de britânicos que viajam à Síria, onde supostamente são radicalizados antes de voltar à Europa para realizar atos violentos.
“Um conflito como este nos afeta. Afeta nossa segurança nacional. Quanto mais se prolonga, maiores são os perigos. É por isso que é tão importante fomentar uma solução política”, declarou o titular do Foreign Office em referência a esta radicalização.
“É um perigo sério. Primeiro de tudo, as pessoas devem saber que não deveriam viajar à Síria sob nenhuma circunstância”, ressaltou.
Segundo a polícia, neste mês 16 pessoas foram detidas sob a suspeita de participar de atividades terroristas após terem realizado viagens entre a Síria e o Reino Unido, um número muito alto em comparação a todo 2013, quando foram detidos 24 indivíduos.
De acordo com a Polícia Metropolitana de Londres, os que viajaram à Síria para lutar ou treinar-se em atividades terroristas têm em média 17 anos de idade e a maioria são homens. EFE
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