“Revista errou feio”, diz prefeito Haddad sobre denúncia de superfaturamento das ciclovias

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2015 11h42
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Durante sua participação no Jornal da Manhã, o prefeito Fernando Haddad foi questionado sobre umamatéria da revista VEJA São Paulo, que trazia um sua capa uma denúncia de superfaturamento na construção das ciclovias paulistanas. A reportagem trazia o valor de R$ 650 mil por quilômetro, um preço, segundo a revista três vezes acima do estipulado pela Prefeitura. 

Haddad rebateu a informação: “a revista errou feio, nós fizemos 156 quilômetros a um custo de R$ 180 mil [o quilômetro]. Isso está planilhado e disponível apra quem quiser”, diz.

Ele atribui os valores apresentados pela revista às obras nos entornos das faixas.  “A revista pegou a obra de urbanização da Faria Lima, que tem uma ciclovia, somou e dividiu pelo número de quilômetros”, afirma. 

Segundo ele, um exemplo dessa situação é a ciclovia da Paulista. “Não é um ciclovia que está sendo feita. Está sendo feita uma intervenção de enterramento de fio, de fibra ótica, realinhamento viário e, eventualmente, de drenagem. Depois de tudo isso pronto, você põe uma ciclovia em cima”, diz.  “Colocar na conta da ciclovia essas obras de intervenção urbana é um equívoco conceitual.” 

Ele também refuta a possibilidade de corrupção no caso “eu criei uma Controladoria Geral do Município que já botou na cadeia muito corrupto. É modelo pro brasil. Não tenho medo de CPI”.

Aceitação

Apesar da aprovação das ciclovias ter caído na pesquisa Datafolha divulgada no último dia 7 – de 80% em setembro para 66% –, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, vê o projeto com otimismo. “Talvez essas pessoas estejam vendo um pouco mais à frente. Eu perguntei para vários prefeitos, de Nova York, Bruxelas: o que veio primeiro? A ciclovia ou os ciclistas? E a resposta foi unânime: primeiro malha cicloviária”. Para ele, a baixa adesão que atualmente pode ser percebida nas ruas é porque o projeto está incompleto, “1% das vias com malha cicloviária não é o suficiente para as pessoas planejarem seus deslocamentos”.

O prefeito rebateu as críticas sobre a criação do projeto e afirmou que combater a ciclovia é combater a modernização de São Paulo e assumiu que abraçou uma ideia que não é nova. “Os estudos acontecem desde 1980, faltava coragem para a implantação”, e acrescentou, “quem critica a ciclovia são os mesmos que criticavam as faixas de ônibus, que hoje aumentaram em 46% a velocidade média dos ônibus da cidade. Por que viraram essa página? Porque o projeto está concluído”.

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