Rossetto diz que tirar controle do pré-sal da Petrobras é um retrocesso

  • Por Agência Brasil
  • 24/02/2016 21h48

O ministro Miguel Rossetto e o governo estão confiantes na aprovação das propostas do ajuste fiscal

José Cruz/Agência Brasil O ministro Miguel Rossetto e o governo estão confiantes na aprovação das propostas do ajuste fiscal

O ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, disse nesta quarta-feira (24) que a mudança no marco regulatório do pré-sal para tornar facultativa a participação da Petrobras na exploração da área será um retrocesso para o país.

Em discurso para sindicalistas na abertura do 2º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Rossetto disse que o marco regulatório do pré-sal representa a afirmação da política industrial nacional no setor de petróleo. “Não podemos aceitar retrocesso nesse marco regulatório, que é estratégico para o nosso país.”

Hoje, os senadores retomaram a discussão do projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que muda a participação da Petrobras no pré-sal. Entre outros pontos, a proposta libera a Petrobras da função de operadora única do pré-sal. A matéria tramita em regime de urgência no Senado.

Para Rossetto, a mudança será prejudicial para a Petrobras e para o país. “No momento em que estamos afirmando o marco regulatório, mais uma vez, as mesmas forças que naquela época foram contrárias à criação da Petrobras [no governo de Getúlio Vargas] são as mesmas que hoje buscam quebrar as normas e as regras do marco regulatório, destruindo o direito obrigatório da Petrobras de preservar, pelo menos, 30% dos investimentos e a garantia que a Petrobras seja a única operadora dos campos do pré-sal”, criticou o ministro durante seu discurso.

De acordo com Rossetto, trabalhadores e sindicatos devem se posicionar contrariamente à tentativa de mudança no marco regulatório do pré-sal. “Aqui se trava mais uma vez a luta pelo direito do povo trabalhador desse país.”

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