Trump afirma que Israel e Palestina é quem devem negociar acordo de paz

  • Por Estadão Conteúdo
  • 15/02/2017 17h29
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Agência EFE Donald Trump e Benjamin Netanyahu - EFE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel e Palestina é quem devem negociar um acordo de paz e que está aberto para aceitar uma negociação de dois Estados ou de um Estado, deixando para trás uma política tradicional americana de exigir uma solução de dois Estados. 

“Os EUA encorajam a paz entre Israel e Palestina, trabalharemos nesse processo, mas eles é quem precisam negociar o acordo. Estarei feliz tanto com uma solução de dois Estados quanto de um Estado”, declarou Trump, em coletiva de imprensa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. 

Trump também afirmou que gostaria de ver a embaixada dos EUA transferida para Jerusalém, mas não garantiu que isso ocorrerá, após meses de promessa de que a medida ocorreria. A transferência da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém, uma promessa que muitos presidentes americanos já fizeram, pode tornar mais difícil chegar a um acordo de paz, pois a cidade é importante tanto para israelenses quanto para palestinos. 

O premiê israelense afirmou que sob a liderança de Trump nos EUA, a aliança entre os países será mais forte e que os valores compartilhados entre as nações estão ameaçados pelo “islamismo radical”. Netanyahu aproveitou que o republicano largou a política tradicional americana de pedir pela criação de dois Estados e afirmou que não quer um acordo de paz com “rótulos”, mas com substância. 

Questionado sobre os assentamentos israelenses em território palestino, Trump disse que gostaria de ver Israel “segurar um pouquinho” a construção de assentamentos e que Israel precisa mostrar “flexibilidade”. Já Netanyahu não comentou o pedido do presidente dos EUA, mas afirmou que discutirá o tema. 

Netanyahu voltou a afirmar que os assentamentos não são o principal ponto na questão entre israelenses e palestinos e reiterou a visão histórica de Israel para um acordo, que seria o cumprimento de dois pré-requisitos: o reconhecido de Israel como “Estado judeu e democrático” e que Israel tenha o controle sobre a segurança em toda a região. 

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