Um mosquito não pode derrotar 204 milhões de pessoas, diz Dilma

  • Por Agência Brasil
  • 19/02/2016 12h54
Mosquitos e larvas do aedes aegypti em El Salvador EFE/Oscar Rivera Imagens de zika

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (19) que o mosquito Aedes aegypti não pode derrotar o país. “Um mosquito não pode derrotar 204 milhões de pessoas. Somos muito mais fortes que esse mosquito. Aliás, serve de exemplo, de símbolo para nós. Nós, hoje, enfrentamos dificuldades em nosso país. Nós, juntos, vamos superar essas dificuldades. Esse país vai crescer, gerar empregos, vai continuar fazendo programas como esse, o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou, ao entregar unidades habitacionais em Petrolina, Pernambuco.

Além de Dilma, pelo menos 25 ministros viajam pelo país para visitar escolas e conscientizar e mobilizar os estudantes para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.

“Os ministros vão a uma escola no país explicar uma das questões mais graves que estamos vivendo que é a relação entre o velho conhecido nosso, que é o mosquito da dengue, e o Zika, que é um novo vírus que, aqui em Pernambuco é onde mais se desenvolveu. O vírus está sendo o causador da microcefalia provocando grave lesão neurológica nas crianças”, acrescentou a presidente.

Segundo Dilma, o governo vai usar “todos os recursos” para garantir uma vacina contra o vírus, mas, enquanto não é desenvolvida a vacina, é preciso não deixar o mosquito nascer. “A mosquita põe ovos em água parada, limpa ou suja. Tem água parada sobretudo na casa das pessoas. De cada três lugares onde o mosquito se cria, dois estão nas nossas casas. Quem pica e gosta de se alimentar do sangue humano é a mosquita. Ela é sensível ao cheiro, procura lugares onde tem água parada e é escuro para reproduzir seus ovos”.

A presidente pediu que a população faça uma vistoria em casa uma vez por semana para buscar focos do inseto. “Peço a vocês 15 minutos, uma vez por semana, que façam uma vistoria em suas casas. Falem com seus parentes e vizinhos. Não podemos deixar o mosquito fazer a festa. Não picando, ele não transmite o vírus. Não transmitindo [o vírus], as grávidas que carregam em seus ventres o futuro desse país não terão a tristeza que é ter um filho com microcefalia”, concluiu.

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