Após morte de ex-miss, Venezuela anuncia plano de combate à violência

  • Por Agência Brasil
  • 09/01/2014 21h14
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EFE Assassinato de ex-Miss Venezuela é investigado

O governo venezuelano anunciou que começará na próxima terça-feira (14) a revisar os planos regionais de segurança pública no país, a fim de estabelecer critérios nacionais de combate à violência. O anúncio foi feito hoje (9) pelo ministro de Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres. “Na terça-feira começaremos esta revisão para que dentro de um mês, tenhamos os planos em andamento e avançando. Dessa maneira vamos começar a fase de supervisão e de envio dos recursos que cada região necessite para melhorar a segurança pública”, disse Rodríguez Torres.

O que motivou a medida do governo foi a morte da atriz e ex-miss da Venezuela, Mônica Spear, de 29 anos, assassinada na última segunda-feira, durante um assalto em uma rodovia estadual. Mônica e o esposo foram assassinados quando voltavam a Caracas de uma viagem de férias. A filha do casal, uma menina de 5 anos, também foi atingida por um dos disparos, mas está fora de perigo.

O crime comoveu o país e foram realizados protestos e missas na capital e em algumas cidades do interior. A criminalidade na Venezuela vem aumentando nos últimos anos e, em 2013, foram registrados mais de 24,6 mil assassinatos no país – mais que o dobro da quantidade de homicídios registrados há dez anos, de acordo com dados do governo.

O ministro Rodríguez Torres acrescentou que fará uma maratona pelo país e visitará dois estados por dia, para conhecer como os criminosos atuam em cada região do país.

Após a repercussão da morte da atriz, o presidente Nicolás Maduro disse que o incidente foi um “verdadeiro massacre” e afirmou que puniria com “mão de ferro” os assassinatos e homicídios. Ontem (8), Maduro convocou os ministros de estado para uma reunião no palácio presidencial. Também recebeu uma comitiva de artistas que foram pedir medidas na área de segurança pública.

Apesar do aumento da criminalidade no país nos últimos anos, os índices de pobreza e de miséria diminuíram. De acordo com as Nações Unidas, o país é o menos desigual da América Latina, porém é um dos mais violentos do continente.

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