Vídeo mostra suposto assassinato de segundo jornalista americano pelo EI

  • Por Agência EFE
  • 02/09/2014 15h08
Reprodução/Youtube Vídeo divulgado nesta terça mostra suposta decapitação de segundo jornalista

Um vídeo divulgado nesta terça-feira por um grupo de inteligência mostra a suposta decapitação de um segundo jornalista americano sequestrado pelo Estado Islâmico (EI), Steven Sotloff, além de uma ameaça de morte ao refém britânico David Cawthorne Haines.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse hoje não poder confirmar a autenticidade do vídeo, divulgado pelo grupo Site Intelligence, mas garantiu que o governo americano o está analisando para determinar se é autêntico.

“Sim, há um vídeo que foi publicado, será analisado muito cuidadosamente pelo governo americano e por funcionários de inteligência para determinar sua autenticidade”, disse Earnest aos jornalistas em sua entrevista coletiva diária.

O vídeo, intitulado “Uma segunda mensagem aos Estados Unidos”, é muito similar ao divulgado pelo EI no final de agosto, que mostrava a decapitação do jornalista americano James Foley e também ameaçava Sotloff de morte se o presidente dos EUA, Barack Obama, continuasse com sua campanha de ataques seletivos no Iraque.

As imagens mostram um homem que parece ser Sotloff vestido com uma roupa laranja e ajoelhado ao lado de um integrante encapuzado do EI, que afirma ser o mesmo indivíduo responsável pela decapitação de Foley.

Antes de ser assassinado pelo jihadista, Sotloff se dirige a Obama para lhe dizer que está “pagando” com sua vida pela “interferência” americana no Iraque.

“Por acaso não sou um cidadão americano? Você gastou bilhões de dólares dos impostos americanos, e perdemos milhares de nossas tropas lutando contra o Estado Islâmico, portanto onde está o interesse do povo quando voltamos a insuflar esta guerra?”, disse Sotloff.

O homem encapuzado diz depois, se dirigindo a Obama, que “voltou” por causa da política “arrogante” do líder americano contra o EI e seus ataques para defender a represa de Mossul no Iraque.

Acredita-se que Sotloff, de 31 anos e nascido em Miami, foi capturado em agosto de 2013 perto da fronteira entre Síria e Turquia, e ao longo de sua carreira trabalhou como jornalista autônomo para meios como “Time”, “World Affairs” e “Christian Science Monitor” na Líbia, no Iêmen e na Síria.

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