‘Cumpre rigorosamente o papel que lhe cabe’, diz Temer sobre Moraes

Ex-presidente afirmou que o ministro do STF está cumprindo seu dever e que, caso existam provas, Bolsonaro será condenado; do contrário, será absolvido

  • Por Bruno Pinheiro
  • 28/08/2025 16h47 - Atualizado em 28/08/2025 16h48
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Valter Campanato/Agência Brasill Valter Campanato/Agência Brasil - 12/05/2016 Moraes, indicado por Temer ao STF em 2017, é o relator dos processos que analisam as ações de Bolsonaro entre 2022 e 2023

O ex-presidente Michel Temer (MDB) elogiou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por sua atuação nas investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro enfrenta sérias acusações, incluindo tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada e danos a patrimônio tombado.

Moraes, indicado por Temer ao STF em 2017, é o relator dos processos que analisam as ações de Bolsonaro entre 2022 e 2023. Em resposta à tensão entre bolsonaristas e o ministro, Temer afirmou que Moraes está cumprindo seu dever e que, caso existam provas, Bolsonaro será condenado; do contrário, será absolvido.

Temer também se referiu à declaração de Moraes de que “não irá recuar um milímetro” em suas decisões, mesmo diante de pressões, inclusive do governo dos Estados Unidos, que o acusam de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro. “Isso significa que ele não se afastará da prova dos autos. Se a evidência levar à condenação, haverá condenação. Se indicar absolvição, ocorrerá absolvição. Ele está cumprindo rigorosamente seu papel”, disse.

As declarações de Temer foram feitas em Cuiabá durante o evento Lide Mato Grosso – Fórum Sustentabilidade Desenvolvimento Econômico, que discute estratégias para o crescimento sustentável do Brasil. O julgamento de Bolsonaro ocorrerá pela Primeira Turma do STF, composta por Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, com sessões a gendadas entre 2 e 12 de setembro. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar mais de 30 anos de prisão.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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