Narloch: ‘Não dá para entender por que o STF está metido nessa questão pequena da vacina’

O ministro Ricardo Lewandowski estabeleceu prazo de 48 horas para a Anvisa prestar esclarecimentos sobre a CoronaVac

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2020 07h58 - Atualizado em 11/11/2020 07h59
Wallace Martins/Estadão Conteúdo Ministro Ricardo Lewandowski em sessão no plenário do STF O ministro relator das ações no STF que tratam sobre a obrigatoriedade ou não da vacina contra o novo coronavírus

Um dia após Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciar a paralisação dos testes clínicos da CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, estabeleceu o prazo de 48 horas para que a agência reguladora preste esclarecimentos sobre os motivos para a suspensão dos estudos. Na decisão, Lewandowski pede informações complementares “acerca dos critérios utilizados para proceder aos estudos e experimentos concernentes à vacina acima referida, bem como sobre o estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a Covid-19”. A posição do ministro, que é relator das ações no STF que tratam sobre a obrigatoriedade ou não da vacina contra o novo coronavírus, acontece em um momento de empates sobre o desenvolvimento e segurança da CoronaVac. No entanto, para o comentarista Leandro Narloch, os ministros devem resguardar a Constituição e não adotar posturas de “blogueiros”, que comentam todos os assuntos da agenda pública.

“Não dá para entender por que o STF estar metido até na questão dessa polêmica pequena e passageira da vacina. Não é papel do STF fazer isso e se o Lewandowski ligasse o rádio ou a televisão ele veria o pedido que ele fez sendo atendido. A Anvisa fez uma boa explicação, uma boa descrição do porquê apertou o botão vermelho e suspendeu por alguns dias a vacina, é simplesmente seguir protocolos. A gente vai ver ainda esta semana tudo retornar e não vai ter nenhuma diferente. O STF tem que guardar a Constituição e não agir como um blogueiro que fica palpitando sobre todos os assuntos da agenda pública brasileira.”

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