1% do PIB do País é destinado a cobrir prejuízos provocados pelo tabagismo
O tabaco gera um prejuízo de R$ 57 bilhões por ano, o equivalente à metade do orçamento do Ministério da Saúde em 2017. Na pesquisa lançada nesta quarta-feira (31), Dia Mundial sem Tabaco, as perdas levam em conta a produtividade dos fumantes que adoecem e até as mortes prematuras.
E, apesar de o número de adultos fumantes despencar 35% no País na última década, ainda são registrados 156 mil óbitos por ano.
Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o tempo mostrou que o controle da publicidade e a elevação do preço do maço deram resultado. Os jovens fumam menos.
Até por isso, aposta no reforço das ações, que incluem medidas para reduzir a atratividade do cigarro. “Devemos fazer uma nova ação na embalagem. Existe consulta pública aberta na Anvisa para substituir as fotografias nos maços de cigarro. Proposta legislativa para que o maço seja genérico, branco, sem marca”, disse.
No caso do homem, o fumante perde aproximadamente sete anos de vida em comparação com um não fumante. E, no caso de mulheres, perde-se seis anos de vida.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse existir um estudo em andamento para aumentar 50% os impostos sobre o cigarro.
Mesmo que, na prática, a elevação do preço do maço tenha provocado um efeito colateral: o consumo de cigarro pirata. “É preciso conscientizar as pessoas porque o contrabando as pessoas podem estar fumando coisas muito mais nocivas do que no cigarro que tem controle de qualidade e também a questão da arrecadação, que não aumenta”, explicou.
Para o Coordenador do programa de controle ao tabagismo no DF, Celso Rodrigues da Silva, quem quiser largar o cigarro, pode procurar tratamento gratuito disponível no SUS.
No Brasil, os homens ainda fumam mais do que as mulheres. A maioria tem mais de 55 anos e quanto menor a escolaridade, maior a frequência do vício. Entre as capitais, os curitibanos se destacam. 14% da população é fumante.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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