Constantino: Esquerda explora pandemia para fazer com Bolsonaro o que os EUA fizeram com Trump

A temporada 2021 do programa ‘3 em 1’ contou com a participação de uma convidada especial, a procuradora Thaméa Danelon; bancada debateu a queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2021 18h18 - Atualizado em 18/01/2021 19h09
Alan Santos/PR Presidente Jair Bolsonaro segura a mão de Donald Trump Bolsonaro e Trump mantiveram boa relação ao longo dos anos

Com uma nova bancada, que tem a participação de Rodrigo Constantino, da convidada especial Thaméa Danelon, procuradora da República e ex-coordenadora da força-tarefa Lava Jato, e do jornalista Diogo Schelp, o programa “3 em 1inaugurou sua temporada 2021 nesta segunda-feira, 18. Entre os assuntos debatidos, convidados falaram do aumento da avaliação negativa na popularidade do presidente Jair Bolsonaro apontado pela pesquisa XP/Ipespe. De acordo com o levantamento, aqueles que consideram o governo dele como ruim ou péssimo passaram de 35% para 40%, marcando a primeira vez desde maio que o número de críticos aumenta e o de apoiadores diminui.

Para Rodrigo Constantino, há uma guerra de narrativas por parte da mídia, que tenta manchar a imagem de Jair Bolsonaro o transformando em um “Hitler incorporado” por parte da esquerda. “Nenhuma pessoa que tenha o mínimo de isenção e honestidade pode negar que existe uma perseguição evidente hoje em dia de boa parte da mídia ao Governo Federal e, em especial, ao presidente Bolsonaro. O grande partido de oposição, inclusive, do governo hoje é a mídia”, afirmou. Ele disse, ainda, que a esquerda encarou a pandemia do novo coronavírus como uma “grande oportunidade” para desmoralizar governos como o de Donald Trump. “Após o resultado nos Estados Unidos a esquerda brasileira ficou mais ouriçada e empolgada ainda. Eles vão tentar explorar ao máximo essa pandemia. Eles não querem saber da realidade”, afirmou.

A procuradora Thaméa Danelon afirmou que as pessoas têm se baseado na emoção e precisam de mais seriedade e serenidade para analisar atos dos governantes. “Não é porque você não gosta de um político que tudo que o político faz você parte do pressuposto que é errado e vice-versa”, afirmou. Para ela, as pesquisas retratam um momento da sociedade, mas há uma certa manipulação por parte dos divulgadores dos dados em busca da manobra da população. “Parecia que todos os problemas da falta de cilindro de oxigênio, da falta de infraestrutura e logística dos hospitais de Manaus a culpa era do governo federal, agora não foi dito na imprensa das operações de combate à corrupção que tiveram ano passado, a chamada Operação Sangria”, lembrou. Em três fases, a operação chegou a prender ex-secretários de Saúde por supostas fraudes.

O jornalista Diogo Schelp afirmou que a pesquisa indica uma tendência que ocorreu no mês de maio de 2020, quando o governo passava por um dos seus momentos mais tensos após a saída de Sergio Moro e com uma série de protestos pedindo a intervenção militar e queda do STF no país. “É possível que a gente veja o presidente reagindo nas próximas semanas de maneira mais agressiva, com os ataques aos moinhos de vento de sempre, a imprensa, o STF, os governadores e assim por diante”, afirma. Para ele, Bolsonaro tem um fiel eleitorado de 30% que será importante pelo que vem a seguir: um problema econômico causado pelo fim do auxílio emergencial e a continuação da péssima liderança diante da pandemia.

Confira o programa 3 em 1 desta segunda-feira, 18, na íntegra:

 

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