Josias de Souza: ‘Bolsonaro ainda não saiu da primeira onda e continua surfando no seu negacionismo’

Jornalista afirmou que presidente e governo federal falham em não ter plano para distribuir vacinas; sucesso na vacina da Pfizer foi tema de comentários do programa 3 em 1

  • Por Jovem Pan
  • 18/11/2020 18h41 - Atualizado em 18/11/2020 19h27
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REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo Mulher olhando frasco de vacina contra Covid Última fase de estudos da vacina da Biotech foi finalizada

Um resultado divulgado nesta quarta-feira, 18, pela farmacêutica Pfizer, que desenvolve imunizante contra a Covid-19 junto à BioNTech, afirmou que a vacina produzida por ela é 95% eficaz e que a última fase do estudo com voluntários humanos foi finalizada. Agora, a vacina deve passar por análise da Food and Drug Administration, agência regulamentadora dos Estados Unidos, e começar a ser produzida para aplicação em larga escala. O sucesso anunciado pelas marcas foi tema de debate entre os comentaristas do programa 3 em 2, da Jovem Pan, nesta quarta.

Para Josias de Souza, o governo federal precisa urgentemente adquirir um plano logístico para distribuir as vacinas quando elas forem permitidas no país. “A única certeza disponível é que o Bolsonaro ainda não saiu da primeira onda, ele continua surfando o seu negacionismo. Isso não chega a ser tranquilizador”, pontuou. Josias lembrou que na última semana, quando a curva de contágio do vírus voltou a subir, Bolsonaro classificou o ocorrido como “conversinha” e disse que os sinais de alarme para uma possível segunda onda da doença estão crescendo enquanto o governo não parece ter um plano de imunização certo. “Não há de resto nenhum vestígio de um plano de logística do Ministério da Saúde para a distribuição de vacinas”, afirmou. Ele disse, ainda, que o debate sobre a obrigatoriedade da vacina é uma “nova versão de uma velha prática, que é uma perda de tempo”.

Paulo Figueiredo Filho concordou que o debate sobre a obrigatoriedade é uma perda de tempo, mas questionou por que uma boa notícia como a do sucesso da vacina precisa terminar como uma crítica a Bolsonaro por parte do comentarista. “Até quando vem uma boa notícia o pessoal da um jeito de cair de pau em cima de Bolsonaro e em cima de uma suposta falta de vacina que pode acontecer. Agora, precisa ser todo mundo vacinado? Essa é uma dúvida”, questionou. O comentarista lembrou que crianças têm baixa taxa de letalidade ao vírus e considerou que as medidas atuais de máscara e distanciamento social podem sim ser derrubadas em breve. “Acho muito bom que tenham essas opções todas porque a população escolhe quais vacinas deve tomar”, lembrou, defendendo mais uma vez o livre arbítrio de quem não quer ser imunizado contra a doença.

“As notícias menos boa é que o Brasil não tem por enquanto nenhum acordo de compra com a Pfizer. O Brasil apostou em outras vacinas, então isso significa que a gente vai ficar no fim da fila quando essa vacina ficar pronta, se for aprovada, o que deve acontecer”, lembrou, afirmando que nenhum grande laboratório está preparado para produzir vacinas em “escala planetária” e que a capacidade anunciada pela Pfizer ainda para 2020 é de 50 milhões de doses, o que deve beneficiar 25 milhões de pessoas, já que duas doses são necessária para imunização. Isso não deve ser suficiente nem para os Estados Unidos nem para a Alemanha, países diretamente envolvidos com a vacina. Oyama lembrou, porém, que milhares de doses da CoronaVac produzidas na China chegam ao Brasil ainda nesta quinta-feira para aguardar a aprovação da Anvisa antes de serem aplicadas.

“As notícias menos boa é que o Brasil não tem por enquanto nenhum acordo de compra com a Pfizer. O Brasil apostou em outras vacinas, então isso significa que a gente vai ficar no fim da fila quando essa vacina ficar pronta, se for aprovada, o que deve acontecer”, afirmou Thaís Oyama. Ela disse que nenhum grande laboratório está preparado para produzir vacinas em “escala planetária” e que a capacidade anunciada pela Pfizer ainda para 2020 é de 50 milhões de doses, o que deve beneficiar 25 milhões de pessoas, já que duas doses são necessária para imunização. Isso não deve ser suficiente nem para os Estados Unidos nem para a Alemanha, países diretamente envolvidos com essa pesquisa. Oyama lembrou, porém, que milhares de doses da Coronavac produzidas na China chegam ao Brasil ainda nesta quinta-feira para aguardar a aprovação da Anvisa antes de serem aplicadas.

Confira o programa 3 em 1 desta quarta-feira, 18, na íntegra:

 

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