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‘O tucano é um petista que passou perfume francês’, diz Constantino após encontro entre FHC e Lula

Ex-presidente afirma que aprovar reeleição foi um erro e sugere mandato único de cinco anos

Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontraram na manhã desta sexta-feira, 21, em um almoço para debater a democracia e o “descaso” do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no país. Após a reunião, FHC enfatizou que o encontro não foi uma tentativa de construir uma candidatura conjunta entre os partidos. Pelo contrário, o político afirmou que o PSDB ainda deve lançar um candidato próprio para as eleições de 2022, mas reforçou que, se ele não for para o segundo turno, apoiará qualquer outro nome que se oponha a Bolsonaro. “Reafirmo, para evitar más interpretações: PSDB deve lançar candidato e o apoiarei; se não o levarmos ao segundo turno, neste caso não apoiarei o atual mandante, mas quem a ele se oponha, mesmo o Lula”, escreveu o político em suas redes sociais.

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Durante a participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta sexta-feira, 21, o comentarista Rodrigo Constantino disse que o encontro representa mais do que uma aliança e questionou a “diferença intelectual” entre os partidos de Lula e de FHC. “É mais do que uma aliança. Na chamada falou-se em ‘imprevisível encontro’, eu devo viver em outro país ou planeta, porque no país em que eu vivi 38 anos e acompanho tão de perto, qual é a grande diferença intelectual entre o PSDB para o PT? Tucano é um petista que passou perfume francês e tem uma fala um pouco mais amansada. O fato de que petistas chamavam tucanos, como o próprio Fernando Henrique Cardoso, de ‘neoliberais’ e ‘fascistas’, que para eles são sinônimos, só mostram que hoje eles chamam Bolsonaro dos mesmos rótulos e isso não significa nada”, disse o comentarista.

Em seguida, Constantino lembrou que FHC já havia declarado voto em Lula em um possível segundo turno contra Jair Bolsonaro. “Tucano quando desce do muro, porque finge que está em cima do muro e é terceira via, sempre desce do muro do lado esquerdo e, de preferência, no colo de um petista. O Fernando Henrique Cardoso já havia declarado o voto no Lula em um eventual segundo turno. Quem ficou surpreso com isso? Quem ficou surpreso com isso? Eu não. Para mim foi a maior naturalidade do mundo”, disse o comentarista, que continuou: “O Fernando Henrique Cardoso sempre foi, como intelectual, um marxista, um sociólogo de esquerda. Pode ter abandonado um pouco isso para fazer reformas necessárias quando foi ministro e, depois, presidente, mas o marxismo nunca saiu dele, nunca o abandonou. Não estou entendendo esse alvoroço”.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta sexta-feira, 21:

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