Ações contra veículos de imprensa crescem 30% durante as eleições de 2016

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2016 10h21
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USP imagens imprensa

Número de ações judiciais movidas por partidos políticos contra veículos de imprensa dispararam durante as eleições de 2016.

Um levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo revelou a existência de 606 processos, ao longo da campanha, em todo o País.

Houve registros de candidatos que tentaram impedir a publicação de matérias na Internet, suspender a circulação de jornais e até fechar emissoras de rádios.

O coordenador da Abraji, Tiago Mali, destacou que muitos políticos tentam impedir que jornalistas divulguem informações envolvendo seus nomes. “Cresceu muitíssimo o número de ações que pedem censura prévia. Está virando comum políticos pedirem na Justiça que determinado veículo seja condenado a não falar, se abster de falar”, explicou.

Tiago Mali acrescenta que difamação e propaganda negativa são as principais acusações apresentadas pelos candidatos contra os veículos de comunicação.

O diretor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Luis Roberto Antonik, ressaltou que a legislação eleitoral é usada contra a imprensa. “Se tem uma coisa que funciona e rápido é a justiça eleitoral. É impressionante a velocidade com que emissoras são punidas”, disse.

Luis Roberto Antonik afirmou ainda que as ações judiciais têm como objetivo coibir o trabalho investigativo e as denúncias trazidas por veículos de comunicação.

Embora esta tenha sido a campanha eleitoral mais curta dos últimos 18 anos, houve crescimento de 30% no total de processos, em relação a 2012.

*Informações do repórter Vitor Brown

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