CIDH começa a julgar responsabilidade do Estado brasileiro em morte de Herzog

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2017 09h34
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Divulgação Vladimir Herzog

Corte Interamericana de Direitos Humanos começa a julgar nesta quarta-feira (24) a responsabilidade do Estado brasileiro pela morte de Vladimir Herzog, em 1975.

O jornalista foi assassinado nas dependências do Doi Codi, na rua Tutóia, em São Paulo, mas os militares forjaram a cena, como se ele tivesse se suicidado.

O caso é um divisor de águas na ditadura do país, e o culto ecumênico na Catedral da Sé, dias depois, virou símbolo contra o arbítrio.

Vladimir Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo e compareceu espontaneamente para depor em um sábado, 24 de outubro.

Ele acabou torturado e assassinado no dia 25 de outubro de 1975, mas o inquérito militar concluiu pelo suicídio dentro da cela no prédio da rua Tutóia.

Em entrevista a Thiago Uberreich, Ivo Herzog, filho do jornalista, avaliou que a sociedade brasileira ainda espera uma resposta.

De acordo com Ivo Herzog, a família resolveu ingressar na Corte, na Costa Rica, já que foram esgotadas todas as possibilidades no Brasil.

O jurista Pedro Dallari, que coordenou a Comissão Nacional da Verdade, considera positiva a interferência de um órgão internacional.

Pedro Dallari, diretor do Instituto de Relações Internacionais da USP, avaliou como um erro a proteção que a Lei da Anistia dá aos torturadores da ditadura.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos faz, hoje, uma primeira audiência entre as partes e a sentença sairá até o fim do ano.

Confira a reportagem completa:

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