Com May enfraquecida, cenário político britânico segue nebuloso

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan Londres
  • 12/06/2017 13h20 - Atualizado em 29/06/2017 00h07
FA0030 LONDRES (REINO UNIDO) 09/06/2017.- La primera ministra británica, Theresa May, abandona el número 10 de Downing Street para dirigirse al Palacio Buckingham para reunirse con la reina Isabel II hoy, 9 de junio de 2017, en Londres (Reino Unido). May se reúne con Isabel II para pedirle permiso para formar Gobierno tras las elecciones del jueves. La líder conservadora no ha podido sacar los 326 escaños necesarios para obtener la mayoría absoluta al haber ganado 318 asientos en la Cámara de los Comunes, formada por 650 escaños. EFE/Facundo Arrizabalaga EFE/Facundo Arrizabalaga Primeira-ministra do Reino Unido Theresa May

O cenário político no Reino Unido continua nebuloso e os próximos dias vão ser cruciais pra definir a longevidade de Theresa May como primeira-ministra do país. Tem gente que aposta que ela não termina o verão, do hemisfério norte, no governo.

O partido conservador já estaria se armando para escolher um novo líder nas próximas semanas e o prazo de validade de Theresa May está condicionado a isso. Pra sorte dela, não existe nenhuma liderança forte e viável no partido neste momento. Mas isso não quer dizer que um nome não possa ser alçado nas próximas semanas.

A situação anda tão incerta que até o tradicional discurso da rainha no parlamento, que determina as diretrizes do governo para o período legislativo, foi adiado. Os conservadores estão recalculando a rota depois da eleição e acharam por bem adiar a fala da monarca, que deveria ocorrer na segunda-feira que vem.

E enquanto os ingleses se descabelam, na França o presidente pró-Europa Emmanuel Macron está fazendo barba e cabelo hoje pra completar o bigode do mês passado.

O partido dele, o En Marche, e seus aliados, conquistaram ampla maioria na Assembleia Nacional no primeito turno da eleição legislativa realizada ontem. Depois de esmagar os candidatos convencionais na corrida presidencial, a nova onda da política francesa agora também passou por cima dos partidos tradicionais, relegando os republicanos e, principalmente, os socialistas a um segundo plano.

As projeções indicam que os aliados de Macron devem ficar com 445 cadeiras de um total de 577 na Assembleia francesa.

Os socialiastas, que até então eram o partido que liderava a França, podem perder nada menos que 200 cadeiras.

Se o movimento de apoio a Emmanuel Macron for confirmado no segundo turno que será realizado na semana que vem, o presidente mais jovem da história da quinta república terá praticamente o monópolio do poder.

E isso é só mais uma péssima notícia para a Grã Bretanha porque Macron já indicou que quer usar a desfiliação britânica da União Europeia como exemplo para os outros países que ousarem percorrer o mesmo caminho.

Logo, o cenário para a Grã Bretanha não poderia estar mais nebuloso neste momento, até mesmo pra essa ilha acostumada com pouco sol.

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