Compostos tóxicos que vazaram no Guarujá virarão chuva ácida

  • Por Jovem Pan
  • 16/01/2016 15h28
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Reprodução Vazamento

 O vazamento de compostos tóxicos no litoral de São Paulo é prejudicial ao meio ambiente e as consequências serão sentidas ao longo do tempo. A chuva ajuda a dissipar a fumaça que se espalhou pelas cidades do Guarujá, Santos e São Vicente, mas agora o gás se transformará em chuva ácida.

Na quinta-feira (14/01), houve incêndio em contêineres de armazenagem de produtos químicos no terminal da Localfrio, no Porto de Santos. Não houve feridos, mas dezenas de pessoas procuraram atendimento médico com ardência nos olhos, dificuldade para respirar e enjoos.

Segundo o coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, a vegetação e as águas serão afetadas com o incidente. O professor Paulo Saldiva enfatiza que ainda vai levar um tempo para que os estragos sejam totalmente contabilizados: “A chuva também vai ajudar a dissipar mas isso vai se transformar em chuva ácida, o que vai ter consequências para o meio-ambiente em geral, para a vegetação e espécies aquáticas. O real impacto disso vamos saber mais tarde, infelizmente, e se houver uma toxicidade vegetal grande vamos ver desfolhamento e perda de vegetação”.

O professor de química da USP, Lucas Carvalho Veloso Rodrigues, indica que a quantidade do produto vazado foi expressiva. Em entrevista a Daniel Lian, o especialista ressalta que é difícil prever quanto tempo levará para a fumaça se dissipar por completo: “A reação é rápida, mas depende da quantidade que tinha no ambiente. A quantidade era bem expressiva e não dá para saber quando acaba a reação sem saber a quantidade”.

As condições de balneabilidade das praias do litoral paulista não devem ser afetadas, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. A Cetesb está coletando amostras de água nas imediações do terminal, no Porto de Santos, para verificar se houve contaminação.

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