Congelamento de óvulos aumentam com epidemia do vírus zika

  • Por Jovem Pan
  • 07/03/2016 12h59 - Atualizado em 29/04/2022 18h05
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EFE/Esteban Biba EFE Gravidez e zika virus

A epidemia do zika vírus fez mulheres adiarem a gravidez e clínicas de reprodução assistida observam um aumento nos procedimentos de congelamento de óvulos. Para o doutor Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista e especialista em reprodução humana, esse tipo de decisão deve ter como base a idade da mulher: “Se você tem uma paciente que não pode adiar por questões de idade, pacientes acima de 35 anos devem pensar muito antes de adiar a gestação, porque a idade influencia diretamente na qualidade dos óvulos, se ela não pode postergar a gravidez, o que ela deve fazer é realmente a fertilização in vitro, congelar os embriões ou óvulos e deixar para transferir mais tarde”.

Por outro lado, caso a mulher seja jovem, o médico recomenda que ela adie essa importante decisão. Segundo Luiz Eduardo Albuquerque, um intervalo curto de tempo pode ser determinante para que as autoridades desenvolvam uma vacina contra a doença: “Se no casal, a idade da mulher for abaixo de 30 anos, acho que a preocupação de engravidar pode ser prorrogada sem fazer nenhuma técnica, a não ser que essa paciente tenha uma indicação de fazer a fertilização in vitro. Fora isso ela pode esperar”.

No último sábado (05/03), a prefeitura de São Paulo confirmou o primeiro caso de zika contraído dentro da cidade. A paciente, de 28 anos, mora na Zona Norte da capital e está grávida. Exames preliminares indicam que o bebê não deve ser afetado pelo vírus.

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