Consulta de Maia a líderes pode atrasar votação de cassação de Cunha em 20 dias

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2016 06h54
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Brasília - O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou há pouco à presidência da Casa (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Eduardo Cunha renuncia à Presidência da Câmara

Consulta do presidente da Câmara aos líderes partidários pode atrasar em 20 dias a votação de cassação do mandato de Eduardo Cunha. Nesta segunda-feira (08), Rodrigo Maia responde ao Supremo Tribunal Federal sobre as acusações do peemedebista de que houve irregularidades durante o processo.

Ele afirmou que o pedido de Cunha não é cabível e reiterou que a leitura do processo no plenário acontecerá também nesta segunda. A pauta passará a ter prioridade na Casa; porém, o presidente quer consultar os líderes para marcar uma data para a votação.

Com o início das campanhas eleitorais, a preocupação é com o baixo quórum, já que Maia exige grande parte dos deputados presentes na sessão.

O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino, disse ao repórter Victor LaRegina que, apesar dos problemas, a votação não deve atrasar: “estamos com o receio que é o baixo quórum destes dias. Mas entendo que deverá ser convocada sessão para deliberar ainda no mês de agosto”.

A votação final do mandato de Cunha deve coincidir com o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, no fim de agosto.

O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana, pediu mais celeridade no processo e prometeu obstruir todas as votações até a cassação do peemedebista.

“O presidente Rodrigo Maia já tem esse processo de cassação nas suas mãos desde o dia 18 de julho. Portanto, não há nenhum motivo para que ele não leia em plenário. E o que se percebe é que o presidente ilegítimo e temporário, Michel Temer, segue manobrando com toda a força do Governo para proteger Eduardo Cunha”, disse.

A cassação de Eduardo Cunha atrapalha outros projetos prioritários que tramitam na Casa. Entre as pautas mais importantes, estão a renegociação das dívidas dos Estados e o projeto que retira a obrigatoriedade da Petrobras na exploração do pré-sal.

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