Bolsonaro mantém indicação de Mendonça ao STF: ‘Tem tudo para dar certo’

Em entrevista exclusiva ao ‘Direto ao Ponto’, da Jovem Pan, mandatário do país comentou o que chamou de ‘boatos’ envolvendo atuação de Davi Alcolumbre: ‘Todo mundo quer poder’

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2021 22h09 - Atualizado em 27/09/2021 23h10
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Reprodução/YouTube/Jovem Pan News Presidente Jair Bolsonaro falando durante o programa Direto ao Ponto. Usa terno, gravata azul piscina, camisa branca Presidente Jair Bolsonaro é o entrevistado da edição especial de um ano do programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan

Apesar da resistência de uma ala do Senado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que não irá recuar da decisão de indicar o ex-Advogado-Geral da União André Mendonça para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao programa “Direto ao Ponto”, da Jovem Pan, o chefe do Executivo federal reforçou que assumiu o compromisso de indicar um nome “terrivelmente evangélico” para a Corte e apontou o que espera de um magistrado do Supremo: “As pautas de costume, a questão de economia, estamos aí com o marco temporal [sendo votado], estamos conversando com o ministro Luiz Fux sobre a questão de precatórios, essas questões todas abalam a economia do Brasil”.

Como a Jovem Pan mostrou, Mendonça é o recordista no tempo de espera para ser sabatinado. Indicado no dia 13 de julho, o ex-Advogado-Geral da União aguarda há mais de dois meses para ser ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Entre os atuais magistrados da Corte, a ministra Rosa Weber foi quem mais esperou: 29 dias. “Não é indicar para o Supremo. É para o Senado. Tem um funil que chama-se Senado brasileiro. O nome do André está enfrentando resistência por parte de alguns, mas acredito que passa o nome dele. É o melhor nome dentro daquele compromisso que fiz de um ‘terrivelmente evangélico’. Não é evangélico que sabe a Bíblia toda. O André sabe a Bíblia toda e conhece de legislação muito bem”, afirmou o presidente.

Questionado sobre a postura de Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ e principal foco de resistência ao nome de Mendonça, Bolsonaro disse apenas que “todo mundo quer poder”. “Quem não quer indicar um ministro do Supremo? Mas quem indica sou eu. Não sofri pressão de ninguém pela escolha do André. Assim como o Kassio, era um nome que passaria com facilidade lá. Você tem que medir. Tome Itubaína comigo e passe lá por aquele gargalo que é o Senado brasileiro. Falam muitas coisas [sobre o Alcolumbre], não quero entrar em boatos. Todo mundo quer poder. Está confirmado o André. Espalham boatos de que eu estaria trabalhando contra ele. Não tem cabimento, indiquei o cara para lá. Se sair o André, no meu compromisso junto aos evangélicos, será outro evangélico. Batem no André por posições do passado em acordos de leniência, questão de Lava Jato. Ele fazia o papel dele naquele momento. O que eu quero de um ministro do Supremo? As pautas de costume, a questão de economia, estamos aí com o marco temporal [sendo votado], estamos conversando com o ministro Luiz Fux sobre a questão de precatórios, essas questões todas abalam a economia do Brasil”, disse o presidente da República.

Assista ao programa na íntegra:

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